quinta-feira, 22 de maio de 2025

Turquesa (Bonito - MS) - 18/04/2025

 


    Chovia bonito em Bonito. O que fazer quando chove em uma cidade não fornida de museus e atrações fechadas? Comer e beber, claro. Saímos do Balneário Municipal, já com os ossos molhados, e nossa ideia era fazer um almoço no Juanita, um restaurante famoso da cidade. Mas ele estava muito cheio. Então nos lembramos de um restaurante muito bonitinho pelo qual tínhamos passado na noite anterior, com mesinhas na calçada e uma decoração caprichada. Era o Turquesa, e para lá fomos, embora tenhamos tido que esperar no carro uma meia hora para a chuva diminuir. Mas tínhamos o restaurante todo só para nós!

Uma trégua da chuva bonita em Bonito

    Por dentro a decoração acompanha o charme que já havíamos percebido por fora. Estantes com livros, vasos de flores, paredes pintadas, quadros e muita, muita cor. Até o banheiro tinha quadros criativos. É como se fosse uma casa com uma decoração bem cuidadosa, mas ao mesmo tempo informal. Uma pena que, por conta da chuva, não estavam disponíveis as mesinhas na calçada. 

As índias, uma na parede, uma sentada

Dá pra ver a carinha do Zé Fê ali atrás?

A carinha da Chris dá pra ver muito bem

Será que ele seguiu os quatro passos para ser feliz?

Os quadros criativos do banheiro

    O Turquesa tem como lema, logo abaixo de seu nome, as palavras "Árabe e natural". Isso já dá uma boa dica do que podemos esperar do cardápio: pratos típicos da culinária do Oriente Médio, com muita salada e pratos frescos também como opção. Resolvemos começar nossa refeição com salgados clássicos da cozinha árabe: Chris pediu  kibe com babaganoush (R$ 9,50), eu pedi falafel com babaganoush (R$ 10,50). Os dois estavam bem crocantinhos e bonitos. A babaganoush estava boa, mas faltou um pouco mais daquele queimadinho gostoso (estamos mal-acostumados com a babaganoush de meu irmão). Eu gostei do tempero do falafel, mas Chris achou que faltou tempero no kibe. 

Kibe com babaganoush (baita nome de comida, né?)

Falafel, babaganoush e a Rê Bordosa do Angeli, um dos livros da estante

    Para os pratos principais a casa trabalha com algumas opções individuais, todas por volta de setenta reais (tem combos árabes com diversas opções, mas também lasanha de abobrinha e nhoque de batata doce, por exemplo). Claro que há também opções de pastas com pães (homus, babaganoush, coalhada seca, R$28) e de kebabs, os sanduíches árabes (por volta de R$35 cada).

    Não gostamos de comer muito no almoço quando estamos viajando, por isso resolvemos dividir um prato individual. Escolhemos o kibe assado de carne (R$ 70, kibe assado recheado com chancliche, muçarela e nozes, coberto com coalhada seca e cebola frita, acompanhado de kafta de carne, salada da alegria, maionese de abacate, farofinha crocante, chips de batata doce e torrada de pão sírio). Bastante coisa, né? Apresentação bonita e bem colorida. A saladinha estava mesmo muito alegre, com tempero suave, dava pra sentir bem todos os ingredientes frescos. Maionese com bastante sabor de abacate, parecia mesmo só abacate, poderia ter mais contraste. A farofinha estava uma delícia, muito crocante, pena que veio pouca (quem mandou pedir individual?). Pãozinho bem crocante. Kafta bem temperada, macia, tostadinha. Chips bem sequinhos. Kibe grande, bem recheado, queijo bem suave, equilibrou bem com o sabor da carne e da coalhada seca com cebola frita. Uma comida bem divertida de comer. E a porção individual foi bem satisfatória para nós dois.

Divertida e colorida

    As opções de sobremesa são mínimas. Em verdade são basicamente duas. Ficamos muito interessados em uma delas, o bolinho de arroz cuiabano da vovó servido com sorvete e sabores do cerrado. Mas o bolinho estava em falta. Então só nos restou pedir o halawi, que não é nem uma sobremesa, mas sim um doce árabe de gergelim e pistache (R$12). O que dizer? Gostosinho e talz, mas né? Um tanto doce demais (pudera, o nome do doce vem da palavra árabe halwa, que significa...doce!). Os pedacinhos de pistache agradaram. O café, que pedimos depois, ajudou a contrastar o dulçor excessivo. Mas queríamos algo mais elaborado.

Parece que encontramos o doce mais doce que o doce de batata doce

    Tivemos uma garçonete praticamente só para nós, foi atendimento VIP. Ela não parecia estar no melhor dos humores, estava um pouco seca, pra usar um termo culinário. Era até engraçada a eficiência dela em retirar nossos pratos. Me lembro do café, eu dei o último gole, estava encostando a xícara no pires e ela já veio "com licença, posso tirar?". Pode, pode, claro. Sorri, sozinho, já que Chris estava no banheiro nessa hora. Mas não dá pra reclamar do tempo de espera dos pratos, nem do serviço de maneira geral - embora tenhamos considerado uma falha do serviço a ausência do bolinho da vovó de sobremesa. Com certeza não foi culpa da vovó.

    Eu achei a experiência muito agradável. Tanto que nem era nossa ideia inicial fazer da visita ao Turquesa um futuro texto aqui no blog, mas durante a refeição decidimos que seria uma boa. Gostei muito do prato principal, e fiquei com vontade de experimentar alguns outros. Por isso concluí que faria uma nova visita. Chris, embora também tenha gostado, acha que, apesar de boa, é comida à qual já estamos acostumados, e não acha que valeria uma segunda visita. Mas ambos concordamos que foi uma ótima maneira de passar o tempo enquanto a chuva caía bonita em Bonito.


AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 8 e 9
Serviço(2): 7,5 e 7
Entrada (2): 5 e 6,5
Prato principal(3): 7 e 8
Sobremesa(2): 4 e 5
Custo-benefício(1): 6,5 e 7,5
Média: 6,37 e 7,20
Voltaria?: Não e sim

Serviço:

R. Vinte e Nove de Maio, 976 - Rincão Bonito - Bonito - Mato Grosso do Sul
Telefone: (67) 99230-0755
Instagram: @turquesabonito

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