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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Minha Louca Paixão (Morro de São Paulo - BA) - 04/10/2023

 

    Morro de São Paulo virou um mastodonte turístico. Eu e Chris já tínhamos visitado a cidade, há mais de vinte anos, em separado. Agora fomos juntos, e é impressionante como o povoado mudou. São dezenas de pousadas, hotéis, lojinhas de artesanato, e, claro, restaurantes. O problema é que a maioria deles tem um cardápio muito parecido, oferecendo moqueca/bobó/peixe assado/pizza, enfim, tudo aquilo que faz sucesso entre os turistas. Adoramos essas comidas, mas para o blog buscamos algum lugar que fizesse algo diferente, já que não tem graça ficarmos aqui escrevendo sobre moqueca, que todo mundo já conhece. Então descobrimos o Minha Louca Paixão.

Chegando onde o vento faz a curva

    Minha Louca Paixão parece um nome estranho para um restaurante, mas na verdade se trata de uma pousada com restaurante. É, acho que também é um nome estranho para uma pousada. Ocorre que, segundo o texto no site da pousada, ela foi "pensada e desenhada para celebrar e enaltecer o amor". Aí fez sentido, olha só que bonito. Cafona, mas bonito. A pousada/restaurante fica na Terceira Praia, um trecho bem mais tranquilo de Morro, um pouco afastado do centrinho e da badalada Segunda Praia. Existe apenas um ambiente, um salão bem amplo e aberto, com mesas e cadeiras de madeira, luminárias balançantes e...abacaxis. Abacaxis dourados, um em cada mesa, e três bem grandões em um aparador. Não descobrimos qual é a dos abacaxis. Há também um belo palco, mas na noite em que lá estivemos não rolou nenhum show. Chris curtiu bastante o espaço para fumantes, coberto, e perto do belo jardim da pousada. 

Um salão para abrandar o calor do sol (embora fosse noite)

Prontos para sermos levados sem destino

Chris solta na vida

Chris mandando seus beijos, e fumaças, pelo ar

    As divisões do cardápio tem títulos interessantes. As entradas são "Para beliscar com vontade". Entre os principais, há "Da horta para a mesa", "De Portugal para a Bahia", "Do mar para o prato", "Da panela de barro", entre outros. E as sobremesas são "Para fechar com chave de ouro". Entre os principais, apenas as saladas tem valores abaixo dos três dígitos, e são quase todos individuais.

    "Para beliscar com vontade" nós escolhemos os Camarões VG Crocantes (em crosta de coco fresco com chutney de manga caseiro, R$ 99). Olha, nós até preferimos os camarões médios aos grandes. Mas o nome do prato indicava que seriam camarões VG, ou Verdadeiramente Grandes, e acho que não eram não. Você pode ver a foto aí embaixo, pra não dizer que estamos sendo chatos. O chutney de manga estava bem picante, e talvez isso devesse ficar mais claro na descrição. O outro molho que se vê no prato, avermelhado e espesso, parecia de cacau, e também estava picante. Também havia uns respingos de um molho que parecia de ervas, mas não era suficiente para contrastar a picância. O camarão estava crocante, saboroso e no ponto correto.
 
Picante de puxar as barbas de Deus

    Chris escolheu uma opção "Do mar para o prato", a Cumbuca Gratinada de Peixe & Camarão VG (num aveludado com alho poró e vinho branco, acompanha arroz branco e salada verde, R$ 125). Veio uma travessa com o gratinado de peixe e camarões (que, mais uma vez, não parecia VG), uma cumbuca com arroz e outra com salada. Chris entendeu que o arroz era desnecessário. Ela adorou o tempero da salada, com parmesão. A paradinha com peixe e camarão parecia um suflê, estava gostosa, com sabor delicado, e o peixe aparecendo mais do que o camarão. O alho poró também poderia aparecer um pouco mais no conjunto. A descrição do prato estava mais apetitosa do que o prato em si. 

Chris cavalgou nesses desatinos, mas não se apaixonou

    Eu fui em um prato "De Portugal para a Bahia", o Polvo à Lagareiro (confitado em azeite de oliva, com batatas ao murro e legumes grelhados, R$ 132). Começar falando sobre a proporção: vieram dois polvos e duas batatas, e acho que um polvo e uma batata (e uns 40 reais a menos no valor) estariam de bom tamanho. Inclusive casaria melhor com a quantidade de legumes grelhados - que estavam queimadinhos e saborosos. Os polvos estavam bem macios, um deles tinha mais alho (o que ficou por cima), e o outro tinha um ponto de sal a mais. As batatas estavam bem temperadas e crocantes. Terminei de comer bem depois da Chris, mas dei conta do recado.
 
Fê e a comida que leva para os quatro cantos do mundo

    "Para fechar com chave de ouro" escolhemos a Bem Bolada (mousse de caramelo salgado, canoa de tapioca, sorvete de amendoim e explosão de paçoca, R$ 45). Gostamos da junção de todos os elementos , com diversas texturas e gostos. O caramelo salgado faz uma festinha na boca, inclusive com um toque de acidez interessante. A "explosão de paçoca" citada na descrição era a paçoca esfarelada por cima da sobremesa, mais doce e com mais sabor de amendoim do que o sorvete, que estava delicado. A tapioca trazia crocância e uma benvinda nordestinidade. 

Não nos levou às bordas do céu, mas esteve bom

    Quem gosta de música, especialmente do rock brasileiro dos anos 80/90, deve ter percebido que as legendas das fotos acima fazem referência à música "Vento Ventania", da banda Biquini (ex-Biquini Cavadão). A escolha não foi à toa. Ventava muito no restaurante na noite de nossa visita. Mas muito mesmo. Latinhas foram ao chão, guardanapos foram parar em cima do meu polvo, cabelos esvoaçaram mais do que seria charmoso. A desculpa "está na praia, venta mesmo" não se aplica a um restaurante que não tem pratos individuais por menos de cem contos. Atrapalhou bastante a experiência, e o quesito "ambiente", que deveria ter nota alta por estar à beira mar e pelo belo salão, caiu bastante em nossa nota final.

O vento emaranhando o cabelo do menino

    O serviço foi bastante correto, quase invisível, sem grandes simpatias mas também sem ser invasivo. Os pratos demoraram um pouco além do razoável para chegar. Outro ponto que achamos estranho, para um restaurante desse nível "financeiro", foi o fato de só ter guardanapos de papel.

    O que nos parece é que o Minha Louca Paixão precisa se decidir entre ser um restaurante típico de praia - e aí ele precisa baixar muito os preços - ou ser um restaurante diferenciado que está instalado na praia - e aí ele precisa melhorar em vários pontos, notadamente o controle do ar-condicionado natural. Da maneira que está, embora tenhamos tido bons momentos e experimentado bons sabores, o custo-benefício fica bastante prejudicado. De modo que ambos concordamos que não faríamos uma segunda visita ao restaurante. Completando com mais um verso do Biquini, "me leve, mas não me faça voltar".


AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 7
Serviço(2): 7 e 7
Entrada (2): 6 e 6
Prato principal (3): 6 e 7
Sobremesa(2): 7 e 7
Custo-benefício(1): 5 e 5,5
Média: 6,41 e 6,70
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Terceira Praia, s/n - Cairu - Povoado de Morro de São Paulo - Bahia
Telefone:  (75) 3652-1098
Site: https://www.minhaloucapaixao.com.br/#BaryRestaurantes
Instagram: @pousadaminhaloucapaixao

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Lilu (São Paulo - SP) - 14/09/2019

O chef André Mifano em frente ao Lilu (fonte: Facebook Restaurante Lilu)

Já é praxe: no aniversário de minha mãe eu a levo pra jantar em algum restaurante aqui de São José dos Campos (eu que pago, juro, o presente não é só a carona). Mas nesse ano resolvi fazer diferente, e levá-la ao restaurante de um chef que ela conhece dos programas de culinária que assistimos juntos. Escolhi o restaurante Lilu, do chef André Mifano, jurado do The Taste Brasil, do canal GNT. Além de mim, da Chris e de minha mãe, ainda tivemos a companhia de nossa amiga Edna além de meu irmão Carlos e sua esposa Tauana. Dia de festa, afinal de contas!

Localizado no charmoso bairro de Pinheiros, em São Paulo, o Lilu tem uma fachada singela, mas com alguma criatividade podendo ser notada nos desenhos geométricos formados pelo vidro e pela madeira. Tal simplicidade aliada à certa invencionice, aliás, também se refletem no cardápio da casa. A dona do aniversário e a Chris adoraram os banquinhos e as mesinhas do lado de fora, um excelente lugar para elas darem suas pitadas entre uma etapa e outra da refeição. 

"Cê pita? Elas pita, uai"

Água para cães. Não é fofo?

Na parte interna são cerca de dez mesas do lado direito do salão, dispostas uma em seguida da outra, com pouca distância entre elas. Ao final do corredor há uma área um pouco mais reservada, separada por um vidro. Do lado esquerdo fica o bar e logo depois a cozinha, totalmente aberta, com o trabalho dos cozinheiros podendo ser conferido pelos comensais em detalhes. Os aromas preenchem todo o salão. Claro que não é um ambiente silencioso, e esta é a proposta do lugar: fazer com que as pessoas se sintam em casa (uma casa barulhenta, no caso). Funciona. Um dos participantes de nossa mesa (que não fui eu, nem Chris, nem minha mãe, nem Edna e nem Tauana) chegou a lamber o prato, literalmente. Ponto negativo: há apenas um banheiro unissex para atender a todos.  

Era uma casa barulhenta, com certeza!

"Qual de vossas senhorias lambeu o prato?"

"Lilu: cozinha para partilhar". É assim que o restaurante se apresenta em seu site oficial. E o conceito é realmente levado a sério. Não há divisão entre entradas e pratos principais no cardápio. Todas as quatorze opções disponíveis são servidas da mesma maneira, expressa textualmente no menu: no centro da mesa, para que todos possam compartilhar. Isso aliado ao tipo de ambiente e ao fato de que há diversas opções de coquetéis originais levam a casa mais para um gastrobar do que para um restaurante. Nomenclaturas à parte, as opções de pratos trazem alguns petiscos típicos de boteco junto a opções mais robustas, com descrições que lembram pratos principais convencionais. Por falar em descrição, outra característica do menu é que os pratos não tem nome, apenas trazem a lista de ingredientes e algumas técnicas de preparo ("no vapor", "defumado", etc). Os preços variam de R$ 22 a R$ 67.

Nosso simpaticíssimo garçom sugeriu que pedíssemos algo em torno de dez a doze pratos no total. Segundo ele a média é de dois pratos por pessoa. Como o cardápio listava um total de quatorze opções, chegamos até a cogitar pedir todos eles, já que, né, iam acabar faltando só dois. Mas no final ficamos em doze mesmo. Pedimos uma primeira sequência de cinco pratos, depois mais cinco, e ao final mais dois só pra finalizar. Falarei brevemente sobre cada um dos pratos, iniciando pela sua descrição no cardápio, e me focando mais nas apreciações minhas e da Chris sobre eles - afinal somos os donos dessa bagaça aqui.

Pão de queijo frito e goiabada cremosa (R$ 24) - não seria uma de nossas escolhas, mas foi "contrabandeado" pelo Silas, nosso garçom, que meio que exigiu que pedíssemos. Surpreendeu a todos, agradável, pão de queijo cremoso por dentro e crocante por fora, contrastando agradavelmente com a goiabada.

Um produto de contrabando que agradou

Manjubinha frita e tártato de avocado (R$ 29) - de maneira geral um dos que menos agradou. As manjubinhas que eu peguei estavam um pouco murchas. O tártaro de avocado precisava de mais sabor, especialmente acidez, pra ser um tártaro.

Faltou avocado no fim, o rapaz não disse isso aí no texto

Dois tacos de feijoada refrita, couve, pururuca e pico de gallo (R$ 22) - uma delicinha de feijoada descontruída servida num taco, com o tal pico de gallo, uma espécie de vinagrete, trazendo acidez. Comidinha de boteco das boas.

É gostoso. Não é incrível. Mas é gostoso.

Língua, tomate agridoce e salada de ervas (R$ 53) - certamente um dos meus preferidos da noite. Língua macia, saborosa, combinando perfeitamente com as várias ervas e o tomate. Na foto as ervas podem parecer opressivas, mas trouxeram um frescor essencial ao prato.

Ah, essa língua macia, esse tomate agridoce, essas ervas opressivas...

Barriga de porco no vapor, caldo de shoyu e sake e espinafre na manteiga (R$ 51) - foi o preferido de alguns, e de fato estava gostoso. Mas o tempero oriental, embora muito bom, escondeu um pouco os prazeres que uma barriga de porco pode proporcionar sem nenhum subterfúgio. Me ressenti. Chris comeu só um pedacinho, que gordura não é com ela (por isso ela namora um cara com quase zero de gordura corporal).

Vou contratar meu irmão como fotógrafo oficial. Ficou bonito.

Arenque defumado, ovas, coalhada e panqueca de baunilha (R$ 37) - eu e Chris tínhamos comido arenque uma vez, e ficamos traumatizados com a ruindade. "Destraumatizamos" com essa "pizzinha" absolutamente adorável, de sabores delicados e agridoces.

Escorreu uma lágrima de lembrar. Adorável!

Tartar de wagyu (R$ 44) - os pedaços de carne vieram acompanhados de um tipo de "sucrilho" de milho, obviamente sem o açúcar. Em termos de proporção, poderia ter mais carne e menos milho. Em termos de sabor, poderia estar mais temperado. Não à toa o garçom sugeriu que fosse combinado com o prato seguinte, mais forte.

"Desperta o tigre em você! E em você também!"

Batata frita com ovo e botarga defumada (R$ 31) - simplão que só, não fosse a adição das ovas de peixe por cima. Como é impossível batata frita e ovo ficarem ruins, não é ruim. Mas é isso, batata frita e ovo. A botarga meio que desaparece no paladar.

E pronto, é isso

Baião de dois, arroz basmati, feijão fradinho, chistorra e provolone (R$ 57) - o nome "baião de dois" traz uma carga que o prato não foi capaz de entregar. Os temperos estavam muito neutros, a consistência estava muito úmida e a cor estava muito, como direi...verde. Para mim o pior da noite.

Se o cara disse que é o pior da noite as discussões se encerram e tá decidido. Oras.

Bife de angus, gratin de mandioquinha, repolho fermentado e chimichurri (R$ 67) - chegou vermelhão de sangue, do jeito que a Chris gosta. Carne macia, chimichurri agradável, repolho interessante, gratin de mandioquinha muito bom. Sei que angus é caro, mas achei o preço desse um pouco demais para a quantidade que vem.

É que o gratin de mandioquinha é banhado a ouro

Lula e morcilla (R$ 42) - a descrição não diz, mas vem um matagal por cima. Quase não pedimos esse prato, e seria uma pena se isso tivesse acontecido. A briga entre o sangue da morcilla e a força da lula só traz um vencedor: quem come. Baita combinação, e a salada agrega um bem vindo amargor.

Por baixo desse matagal mil delícias te esperam

Frango e "Ueifel" (R$ 46) - esse nome esquisito esconde um prato esquisito, mas delicioso: um waffle de baunilha por baixo, um frango bem crocante por cima, com um ovo mais por cima ainda. O caldo é mel. E ainda tem ovas de peixe. Loucura. Das boas.

Que coisa esquisita. Que coisa gostosa.

Como podem notar, comemos, e não foi pouco. Portanto para a sobremesa escolhemos "apenas" três opções (entre quatro disponíveis) para dividir entre todos. No caso das sobremesas o preço é único, R$ 29 cada. 

A primeira escolhida, e a única que a Chris experimentou, foi o crème brûlée de cachaça e sorbet de caju. Boa textura do brûlée, sabor de cachaça em equilíbrio, com o sorbet trazendo frescor.

Parece um ovo em cima do brûlée, não parece?

Também escolhemos a musse de chocolate branco, bolo de cacau e amarena. O bolo de cacau e a amarena (uma frutinha bem ácida, também conhecida como ginja) acabaram eclipsando a coitadinha da musse de chocolate branco. No entanto o bolo e a fruta fizeram uma bela dupla, amarga e ácida.

Não, não parece com nada disso que você tá pensando, seu escatológico

Nossa outra escolha foi o flan de doce de leite e chantily de café. Muito louco o chantily branquinho com sabor de café, porque o olho diz pro estômago que ali não vai ter gosto de café, mas ele vem. Não sou fã de café, mas a sobremesa esteve agradável, com o flan não muito doce fazendo um bom contraponto ao chantily cafezado.

Parece um flan com chantily

Não costumo citar nomes de funcionários que nos atendem, mas abrirei uma exceção hoje, por uma boa razão: o Silas é um dos melhores garçons que eu já vi em ação. Estabeleceu desde o princípio uma relação de intimidade natural, se mostrou disponível, esperto, conhecedor do cardápio e um excelente vendedor. Suas descrições dos pratos eram, não raras vezes, melhores do que os pratos em si. Silas à parte, com o salão lotado houve alguns problemas de demora pra limpar a mesa, e ocasiões em que solicitações demoravam a vir, como o momento em que pedimos cardápios para três garçons diferentes até que eles finalmente nos fossem trazidos. Já os pratos, esses chegavam com agilidade impressionante. Mesmo sabendo que o menu foi concebido para ser rápido, a eficiência é prodígiosa se considerarmos a quantidade de mesas e de pedidos simultâneos. Uma curiosidade é que os pratos são servidos pelos próprios cozinheiros, que os deixam no centro da mesa "cantando" sua descrição. 

O restaurante conta com uma carta de vinhos, que sequer foi olhada por nenhum de nós. Há cinco opções de coquetéis exclusivos (com preço único de R$ 33), além de drinks clássicos. Entre as cervejas, a decepção: apenas Heineken e uma opção de witbier (estilo que normalmente leva semente de coentro e raspas de laranja) da Cervejaria Praya. Uma boa carta de cervejas cairia como uma luva no clima descontraído da casa, mais afeito a breja do que a vinho (oi André Mifano, e aí, chique? Se você quiser eu posso elaborar uma carta pra você, baratinho!).

Como era dia de comemoração, não olhamos em nenhum momento para o lado direito do cardápio. Tomamos coquetéis, cervejas, sucos, comemos tudo que quisemos e mais um pouco. Por isso a conta acabou ficando um pouco salgada. Mas é possível duas pessoas escolherem três ou quatro pratos, tomarem um coquetel, beberem a água da casa (de graça!) e ainda racharem uma sobremesa gastando algo em torno de R$ 200, o que não é barato mas também não chega a ser um absurdo. Foi essa conta que fizemos para decidir a nota de custo-benefício aí abaixo. Ainda assim, Chris entendeu que a experiência, comemoração de aniversário da sogra à parte, não valeria um repeteco. Já eu acho que voltaria ao Lilu, especialmente se houvessem novidades no cardápio. Independente de um retorno, o Lilu cumpriu com sua parte: cozinha para partilhar. Não só boa comida, mas bons momentos. Para esses a nossa nota é sempre dez.  


AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 7,5
Serviço(2): 9 e 8,5
Prato principal(3): 7 e 7,5
Sobremesa(2): 6 e 7
Custo-benefício(1): 7 e 7,5
Média: 7,2 e 7,6
Voltaria?: Não e sim

Serviço:

Rua Francisco Leitão, 269 – Pinheiros - São Paulo - São Paulo
Telefone: (11) 99746-0269
Site: http://www.restaurantelilu.com.br/
Facebook: https://pt-br.facebook.com/restaurantelilu/
Instagram: https://www.instagram.com/restaurantelilu/

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Garagem Gastrobar (Juiz de Fora - MG) - 21/06/2019


Temos algumas queixas sobre o turismo em Juiz de Fora, especialmente o fato de praticamente todos os museus da cidade estarem fechados nos dias de nossa visita. Mas não podemos negar que há muitas opções de restaurantes e bares para visitar, e ficamos com vontade de conhecer vários. Mas como tínhamos apenas uma noite, acabamos optamos pelo Garagem Gastrobar. Seu dono é Pablo Oazen, vencedor da edição 2017 do Masterchef Profissionais, programa do qual sou telespectador assíduo. Hoje ele não participa tanto do dia a dia do lugar, mas é claro que sua marca aparece na criação dos pratos.

Chris estaciona na garagem (pegou? pegou?)

A casa está localizada em uma região agitada, com várias outras opções gastronômicas. Instalada em uma esquina, a primeira coisa que chama a atenção é a cozinha envidraçada que pode ser avistada da calçada (como dá pra ver na foto acima). Mais ou menos como um reality show de culinária ao vivo. Do lado de dentro uma das paredes faz as vezes de uma enorme lousa, com desenhos e alguns itens do cardápio escritos em giz, além da inscrição "Cozinha Mineiroca". Muito bonito - especialmente para alguém como eu que não consegue nem escrever o nome com giz. Ambiente à meia luz, mas com as mesas bem iluminadas, e nas paredes algumas matérias de jornais e revistas sobre o proprietário e uma dólmã usada por ele. 

Chris com o menu, e ao fundo a lousa enfeitada (não pelo Fê)
Acima de nós as matérias sobre o Pablo, e a dólmã ficou sem foto
Quando chegamos ao Garagem ainda não sabíamos se a visita resultaria em um texto aqui do blog. Com a proposta de ser um gastrobar, achávamos que talvez houvesse apenas petiscos e acepipes para comer acompanhado de uma cerveja ou um drink. Mas quando vimos que o cardápio oferecia opções de pratos principais e sobremesas, resolvemos fazer a refeição completa. O decorrer da noite nos mostrou que talvez essa não tenha sido a melhor opção.

A primeira página do menu é toda dedicada às comidinhas típicas de bar/boteco, com os dizeres "Comer com as mãos...nunca foi tão elegante" na parte de cima da página. Para nós elas fariam o papel de entrada. Entre algumas pelas quais nos interessamos, como o jiló à oriental, optamos pelo quiabinho tostado a la fleur de sal (quiabos salteados com azeite, limão e flor de sal, R$18). Apresentação simples, com os quiabinhos envoltos em uma farofinha. Eu segui a dica da casa e comi os quiabinhos com as mãos (juro que não fiz o mesmo com a farofa!). Independente do método de jogar pra boca, o quiabinho tinha um cítrico delicioso, contrabalanceado por uma moderada picância da farofinha, resultando em algo que eu comeria a noite inteira. Chris também gostou, mas nem tanto quanto eu.

Falar que é lindo, assim, não é não, mas é bão demais da conta!

Os pratos principais aparecem no menu precedidos da frase "Nossos pratos para quem não gosta de historinhas". Como não é a especialidade da casa, há poucas opções. Antes de detalhar nossas escolhas, vale relatar algo curioso (para usar uma palavra boazinha) que aconteceu. Assim que escolhemos, a garçonete levou nosso pedido e pouco depois voltou, dizendo que os pratos podiam demorar um pouco, já que o chef havia faltado, e quem estava no lugar dele era muito novo e não estava tão a par dos processos de cada prato. Falamos que tudo bem, e ela saiu. Um pouco depois ela voltou, dizendo que o acompanhamento do prato da Chris não poderia ser servido, porque o chef não "ia dar conta de fazer". Aí você deve estar pensando que fosse algo muito elaborado, cheio de processos, difícil de fazer. Que nada: era um simples arroz. Difícil de entender.

Pois bem, a escolha original da Chris era o "medalhão de filé com bacon mesmo, uai...e arroz canastrinha" (era desse jeito que estava escrito! R$62). Mas ela teve que trocar o arroz por uma frigideira de batata e cogumelo acompanhados de ovo frito. Embora fosse bem longe de seu pedido original, a combinação era promissora. Apresentação legal, numa panelinha de ferro. Ela pediu a carne mal passada e a extremidade que estava à vista parecia bem vermelha, mas por dentro a maior parte estava ao ponto. Ela gostou medianamente dos acompanhamentos, estavam bem temperados e no ponto certo, mas nada extraordinários. E realmente não deu pra entender como esse acompanhamento é mais fácil de fazer do que um arroz.

Cortar essas rúculas deve ser mais difícil que fazer arroz...

Minha escolha foi o peito de pato laqueado, cebolinha com especiarias e purê de cenoura com laranja (R$ 72). O pato estava incrivelmente bom, com um pouco de crocância mas ao mesmo tempo bem macio, e muito bem temperado. Mas em termos de sabor é como se ele estivesse sozinho no prato. O purê não tinha nada do cítrico que a laranja poderia sugerir, e também não tinha sal nem pimenta. O mesmo defeito atingiu o molho que acompanhava. As cebolinhas com especiarias até estavam boas, mas vieram em pouca quantidade. No fim o purê serviu pra encher a barriga, enquanto o pato serviu pra dar prazer - que é, obviamente, o objetivo principal quando se come fora, não é?

O prazer está no meio

"Pequenas doçuras e travessuras". É assim que o cardápio apresenta suas opções de doces. São apenas três, e escolhemos a "Terra de Chocolate" (mousse de chocolate, café e menta, R$ 23). Apresentação coisa linda: um vaso, com uma espécie de biscoito de chocolate fazendo o papel da terra e as folhas de menta como se plantadas. Por baixo a mousse de chocolate, e no fundo uma massa tipo de torta doce. Consistência agradável, com o biscoito dando crocância e mousse bem suave. Sabor não muito doce, café sutil até demais. A massa acabou ficando seca no final, porque não sabíamos de sua existência e ela acabou ficando sozinha. No fim, de maneira geral, o conceito ganhou do sabor.

Mas vá, é um baita conceito!

Sob o ponto de vista do atendimento pessoal, gostamos bastante do serviço. Muitos garçons, todos muito solícitos e simpáticos, embora não tenham passado no "Teste do Cigarro" (quando a gente sai pra Chris fumar e esperamos que na volta os pratos estejam recolhidos). Mas é claro que a nota de serviço despencou mesmo por conta dos problemas da cozinha, já citados no texto. Embora tenhamos sido avisados de que os pratos principais poderiam demorar, não nos pareceu razoável esperar cerca de uma hora por eles - e muito menos nos pareceu razoável o motivo da demora, especialmente com a casa não tão cheia.

Tomamos duas cervejas juiz-foranas durante nossa visita (servidas geladas demais, mas aí é chatice de sommelier). Também existem várias opções de drinks, alguns clássicos, outros criações da casa. São as bebidas alcoólicas e os petiscos que traduzem melhor a vocação e a proposta do Garagem. Mas é claro que isso não serve como desculpa para os erros e problemas nos nossos pratos principais, que, afinal, estão no cardápio. Apesar disso eu fui condescedente, e concluí que voltaria ao Garagem, para beber e comer uns "trem com a mão". Já a Chris não foi tão amigável, e conluiu que não retornaria. Talvez, quem sabe, se ela tivesse comido o tal do arroz canastrinha...      


AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 8
Serviço(2): 6 e 6
Entrada(2): 7 e 8,5
Prato principal(3): 6 e 6,5
Sobremesa(2): 6,5 e 7
Custo-benefício(1): 6 e 7
Média: 6,41 e 7,83  
Voltaria?: Não e sim

Serviço:

Rua Luís de Camões, 74 – São Mateus - Juiz de Fora - Minas Gerais
Telefone: (32) 3231-3476
Facebook: https://www.facebook.com/garagemgastrobarjf/
Instagram: https://www.instagram.com/garagemgastrobar/?hl=pt-br

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Olympe (Rio de Janeiro - RJ) - 10/03/2015

(Fonte: Site da GNT)

Uma das coisas que mais gosto de fazer junto com minha mãe é assistir a programas de culinária. Entre as várias opções disponíveis hoje em dia, acho que os que mais gostamos são os do chef francês Claude Troisgros. Imagino que todo mundo que tem o canal GNT em casa já deve ter visto a cara dele, que quase sempre está rindo como na foto acima. Por isso, quando minha mãe me deu de presente de Natal um vale-compras da Mastercard® (olha o merchan!) no valor de 350 reais, eu pensei na hora: vou gastar no Claude! Já estávamos com viagem marcada ao Rio de Janeiro, portanto fiz nossa reserva no Olympe, o principal restaurante comandado pelo francês. Fica na esquina de uma rua tranquila no bairro Jardim Botânico. A fachada é bem discreta, com tijolinhos à vista, uma portinha e logo acima uma placa em marrom grafada "Olympe", indicando que você chegou ao lugar certo.

Belezinha de fachada, e com lugarzinho pra belezinha da fumante

Claude não chega a ser um ídolo, título que dedico apenas aos quatro Beatles e alguns poucos outros, mas é um cara que admiro bastante. Portanto, não foi sem emoção que adentrei aquele recinto ao lado da Chris. Fomos acomodados em uma mesa bem pertinho da porta. Ambiente pequeno, à meia-luz. Sem grandes invenções ou arroubos criativos na decoração. Sóbrio e clássico. Quem fica encostado na parede se acomoda em um sofá, e quem fica do lado oposto fica na cadeira, que também é confortável. Pena que havia uma mesa muito próxima da nossa, e quando ela foi ocupada esta proximidade chegou a incomodar um pouco. Também chama a atenção a cozinha envidraçada, possibilitando aos convivas observarem toda a movimentação dos cozinheiros.

Isso é chique demais procê, menino

Assim como no Fasano - o outro "chiquetê" que visitamos no Rio - o Olympe também nos mimou com uma entradinha não solicitada e não cobrada. Assim como no outro caso, era entradinha com ênfase no "inha". E bastante inusitada: sorvete de abóbora com carne seca. E não é que estava gostoso? Quem imaginaria...

Não vá se empanturrar, menina

Para a entrada propriamente dita dividimos um crepaze (R$ 58,00), mousse de agrião recheada com queijo gorgonzola enrolada em panqueca crocante, encimada com folhas de baby rúcula. A tal crosta de panqueca se assemelhou mais a um suflê para mim, e Chris se lembrou de omelete. De qualquer forma, nós dois gostamos muito. Eu adorei o amarguinho que a rúcula deu ao prato, deixando-o bem equilibrado, uma vez que o agrião perdeu seu sabor forte quando transformado em mousse.

Nosso matinho

Para os pratos principais o menu é dividido em duas partes: "A tradição" e "A criação". O primeiro deles traz pratos que fazem sucesso no Olympe há muitos anos, e o outro traz invenções mais recentes de Claude e de seu filho Thomas Troisgrois. "A criação" só está disponível no Menu Degustação, em que a pessoa escolhe 4 pratos e mais uma sobremesa, e paga um valor fixo de 350 reais por pessoa. Existe também a opção chamada de Menu Confiance que, como o nome indica, exige que o visitante confie no chef, que vai usar os melhores produtos do dia para montar uma refeição completa. Esta opção custa 380 reais. Embora eu já soubesse que iríamos exceder o valor do vale-presente dado por minha mãe, não dava pra exceder tanto assim. Por isso ficamos com "A tradição", que traz pratos à la carte, com preços mais acessíveis, embora dos oito disponíveis apenas três apresentassem preços com menos de três dígitos.

Chris pediu o Boeuf (R$ 108,00), filé mignon em crosta de alecrim e pimenta verde, galette de batata Anna e molho bordelaise. A tal galette de batata Anna é algo semelhante a uma pequena torta de batata. Simples assim. A apreciação da Chris passou por momentos diferentes. Quando chegou o prato, ela achou que seria pouco. Quando ela começou a comer e adorou, achou que seria muito pouco. Mas quando o molho bordelaise se tornou enjoativo, ela começou a achar que era muito. Mas isso não a impediu de ter amado a crosta do bife, e de ter elogiado seu ponto mal passado, do jeito que ela gosta. Também gostou das batatinhas com seu nome, embora tenha achado que algumas ficaram um pouco cruas.

"Tira logo a foto que eu quero comer!"

Eu escolhi a Caille (R$ 115,00), codorna recheada com farofa de cebola e passas, acelga confit, acompanhada de molho agridoce. Uma coisa de gemer até o fim dos dias. Três codorninhas, com o crocante da pele contrastando com o cremoso recheio, e o molho agridoce dando um toque...como dizer...agridoce à coisa toda. Um prato perfeitamente equilibrado. Eu estava comendo e já pensando que seria a primeira nota dez em prato principal desde que iniciamos o blog. Até que, na terceira codorna, que eu devorava vorazmente, um ossinho chato deu uma atrapalhada na experiência. Mordi-o com força. Claro que o dez se foi pelo ralo. Ainda assim fiquei bem triste quando terminei de comer. Poderia continuar comendo aquilo por mais alguns dias.

É tão bom que vai com osso e tudo

Quando o garçom veio recolher os pratos, perguntou se estava tudo bem, e se tínhamos gostado. Falei sobre o ossinho, e ele se retirou, voltando pouco depois dizendo ter relatado o caso ao chef. Este disse ser normal encontrar ossos nas patas da codorna. Eu disse que tudo bem, que não tinha atrapalhado a experiência. Não quis criar caso por causa daquilo. Mas é claro que não era pra ter osso nenhum na codorna de 115 reais.

Para a sobremesa existem oito opções, todas pelo preço fixo de 32 reais. Decidimos que cada um de nós iria comer uma, ao invés de dividir como normalmente fazemos.

Chris escolheu o brulée e chocolat, que veio com creme brulée, mousse de chocolate apimentada e palito de doce de leite. Apresentação bem pobrezinha, com uma cumbuca para a mousse, outra para o creme, e o palito no meio. Chris achou o palito bem gostoso. Não sentiu a tal pimenta na mousse, que também veio com muito chantilly. Quanto ao creme brulée, estava com a casca muito dura, e quando a Chris forçava a colher para quebrá-la, esta batia na louça, fazendo um barulho não muito agradável em um ambiente silencioso de um restaurante chique. Mas o sabor, que mais importava, estava bom.

Né? Podia ser melhor.

Eu escolhi o crepe passion, sobremesa que tem o epíteto "Especialidade desde 1982" escrito no cardápio. Ou seja, existe desde que o restaurante foi inaugurado. Trata-se de uma panqueca suflê caramelizada, acompanhada de calda de maracujá. A panqueca estava bem delicada e cremosa, com sabor suave. A calda de maracujá acabou dominando a receita, no fim das contas. Achei que faltou um pouco de equilíbrio.

La passion

Acompanhamos tudo com um vinho da família Troisgros, chamado Sérol, da uva gamay, safra de 2013 (R$ 114,00). O engraçado foi que eu chamei o sommelier pra ele nos dizer se o vinho combinaria com os dois pratos, mas o fiz já decidido a comprar aquela garrafa, já que coleciono rótulos e aquele cairia muito bem na minha coleção. O sommelier disse que o vinho só harmonizaria bem com o meu prato, e não com o da Chris, mas eu pedi assim mesmo! Que grande pateta. Pra que perguntar se já sabia que ia pedir? Chris me perdoou, boazinha que é.

Difícil reclamar de algo sobre o serviço. Sempre atento, solícito, mas sem exagerar nas formalidades. Nos foi explicado como funciona o cardápio antes de fazermos nossos pedidos e houve celeridade (até excessiva) em preencher nossas taças de vinho quando estas se esvaziavam. Os garçons se permitem alguma brincadeira, são simpáticos na medida certa. Tá certo que eles puxam sua cadeira quando você volta do banheiro, o que me deixa um pouco desconfortável, confesso. Mas faz parte do jogo. A água foi reposta o tempo todo, e ao final não veio nada cobrado, ao contrário do Fasano Al Mare, que nos cobrou uma unidade (mesquinhos!).

Além de tudo já dito sobre o serviço, tivemos dois mimos: o já citado sorvete de abóbora na chegada, e uma travessa com quatro pares de pequenos docinhos ao final. É muito chamego. Observamos outras mesas fechando a conta e não notamos a tal travessa, o que nos fez desconfiar que ela veio como um pedido de desculpas por conta do maledeto ossinho na codorna. Se foi por isso, ótimo. Se não foi, melhor ainda. Já estávamos bem satisfeitos, mas comemos todos os docinhos, que eram bem gostosinhos.


Seria um pedido de desculpas? Aceitamos!

O preço é caro. Não precisa de calculadora para saber que tivemos que desembolsar uma parte da conta, já que o presente de mamãe não cobriu o valor total. Sem o vale-presente certamente teríamos que escolher entre o Fasano ou o Olympe para irmos, já que nosso orçamento não comportaria as duas refeições. Apesar disso, tivemos momentos de intensa alegria e prazer durante a refeição, o que fez ambos pensarem que valeria a pena uma segunda visita ao restaurante do chef Claude. Embora ele não estivesse no restaurante na noite de nossa visita, na próxima vez que o virmos na TV podemos dizer que já provamos de sua comida. E, olhando pra tela, dizer bem metidos: "Claude, presta atenção no ossinho!".

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 6 e 7
Serviço(2): 9 e 10
Entrada(2): 9 e 8
Prato principal(3): 8 e 9
Sobremesa(2): 7 e 7,5
Custo-benefício(1): 7 e 7
Média: 7,75 e 8,25
Voltaria?: Sim e sim


Serviço:
Rua Custódio Serrão, 62 - Jardim Botânico - Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 2539-4542
Site: http://olympe.com.br/