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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Edo Zushi (São José dos Campos - SP) - RETORNO - 01/08/2023

 


    Ao final de todos os nossos textos de restaurantes aqui no blog, sempre respondemos à pergunta "voltaria?", cuja resposta não atesta necessariamente a qualidade do restaurante, mas sim se há algo nele que nos faria voltar. Às vezes é o ambiente incrível, ou um prato específico que nos maravilhou, ou mesmo opções do cardápio que não pudemos pedir, mas ficamos com vontade. Na hipótese de a resposta ser negativa, os motivos também podem ser variados. No caso do Edo Zushi, que nós visitamos em 2014 (em texto que pode ser lido aqui), ambos respondemos que não voltaríamos, e os motivos apontados foram estes: "todos os problemas de atendimento, mais a "muvuca" que se formou, mais o fator "preço" nos levam à conclusão de que não voltaríamos ao Edo Zushi". Acontece que meu irmão estava com vontade de visitar o lugar, então decidimos deixar de lado nossa "promessa" de não voltar, e fizemos uma segunda visita, dessa vez na agradável companhia do senhor Carlos Augusto, vulgo Boto.

Vulgo Boto, Fidalga Chris e Plebe Fê

    Em relação à fachada e ambiente, as coisas permanecem bem parecidas. Lagos com carpas, sofás, mesas de madeira e um lindo e grande aquário, que fica no salão principal, onde ficamos da primeira vez. Dessa vez decidimos ficar no antessalão (se existe antessala, deve existir antessalão), que estava vazio em uma noite de terça-feira. Assim que sentamos recebemos o cardápio, o que já traz uma mudança em relação à visita anterior: a casa aparentemente abandonou o sistema de bufê, ao menos no jantar. Outra coisa importante de saber é que a casa NÃO TRABALHA COM RODÍZIO. Perdão pela indelicadeza da caixa alta, mas existe uma aviso enorme, logo na entrada, com essa informação, e mesmo assim teve gente que entrou querendo saber se tinha rodízio. 
 
Chris e Fê vão papar

Chris e Boto vão papar

Chris e Boto vão papar por outro ângulo

Fê e Boto Brabo vão papar

    Outra benvinda mudança é que agora o restaurante oferece um mimo aos clientes, o missoshiro, que é uma sopinha de missô, ótima para abrir o apetite. Estava gostosinha que só, muito bem temperada, e não vem cobrada ao final. Ou seja, não precisa ficar com medo, pode aceitar.
 
Vem ni mim sem medo

    O cardápio vem à mesa plastificado, com apenas duas páginas. De um lado os combinados da casa, além do que eles chamam de "aperitivos favoritos", todos com fotos. Do outro lado as entradas frias, entradas quentes, sushis, sashimis, pratos quentes, temakis, etc, sem fotos. Visualmente ele não combina muito com o ambiente - e com os preços - da casa, é um tanto tosco. Eu, que não sou um grande fã de menus virtuais, no caso do Edo acho que seria interessante, pela quantidade de opções diferentes, muitas vezes desconhecidas da maioria das pessoas. Sem preocupação de espaço, daria para colocar fotos de todas as opções, além de ser mais fácil incluir os produtos sazonais, que não estão disponíveis o ano todo. Réxitéguificaadica.

    Camarão sempre é uma boa maneira de começar qualquer coisa, então escolhemos um dos "aperitivos favoritos", o Spicy Rock Shrimp & Shimeji (tempurá de camarão e shimeji negro envoltos em molhos especial levemente picante, R$ 44,90). É preciso primeiro dizer que veio mais shimeji do que camarão, o que não é exatamente um problema. Acho até que shimeji fica melhor no tempurá do que o camarão (talvez a Chris discorde de mim). Mas o fato é que estava uma delícia, com o "levemente picante" da descrição sendo levado a sério, o que significa que não estava agressivo, não escondeu o sabor dos ingredientes. Além disso, estava muito crocante. Esse coisinho branco/transparente que aparece na foto abaixo é um salgadinho comestível, embora pareça isopor. Foi totalmente ingerido também, junto ao delicioso shoyu que fica disponível na mesa. 

Tempurá com coisinho branco

    Em relação ao shoyu que fica na mesa, vale apontar que é possível pedir outros molhos, que também não são cobrados. Quer dizer, não sei se é possível pedir "outros molhos", assim no plural, mas sei que a Chris pediu tarê, que ela adora, e ele veio. Talvez outros também venham, caso solicitados.

    Para o prato principal, decidimos escolher um dos combinados. Quase todos eles tem versões para uma e duas pessoas. Como já tínhamos comido o missoshiro e uma entrada, achamos que um combinado para duas pessoas seria suficiente para nos satisfazer (e de fato, foi). São nove tipos diferentes de combinados, mas eu e meu irmão encasquetamos que queríamos comer ouriço-do-mar, que nunca tínhamos comido. Por conta disso, nossas opções caíram para duas. Uma delas custava R$ 499,90. A outra custava R$ 329,90. Claro que escolhemos essa mais baratinha, quase o preço de um PF.

    O nome do nosso combinado era Tokujo Gold + Mini Carpaccio Branco (50 peças mais carpaccio, R$ 329,90). O primeiro a chegar à mesa foi o mini carpaccio branco, com o peixe encimado por um tantinho de bottarga (ovas de tainha), gergelim e cebolinha. Uma delícia, com a bottarga trazendo um salgadinho muitíssimo benvindo. Pena que vieram só cinco, e como somos todos muito educadinhos, ficou um pedacinho esperando para ser comido até quase o fim da noite, o famoso "deixa-que-eu-deixo".

Um pra você, um pra mim, outro pra mim, mais dois pra mim

    Nosso combinado Tokujo Gold (Tokujo, pelo que pesquisei agora, significa "Ninja Alto Especial", quem é fã de Naruto já deve saber) veio com treze qualidades diferentes de itens, a maioria em duplas, alguns em quintetos e dois em octetos. Antes de falar sobre cada um, vamos lembrar os conceitos: niguiri é aquele compridinho, de arroz compactado com o ingrediente por cima, sem alga; hossomaki é o sushi com a alga por fora; uramaki é o sushi invertido, com a alga por dentro; gunkan é aquele em que o recheio fica por cima, e não no meio; e sashimi é a fatia fina do peixe ou fruto do mar. Pois bem, começando pelos octetos: oito hossomakis de atum e oito harumakis de salmão. Quintetos: cinco sashimis de atum, cinco sashimis de salmão, cinco sashimis de pargo e cinco sashimis de polvo. Duplas: dois gunkans de uni (ouriço-do-mar) com ovas de salmão, dois niguiris de polvo, dois niguiris de vieira, dois niguiris de atum, dois niguiris de camarão, dois niguiris de robalo e dois niguiris de salmão. Além disso, vem também um pouco de wasabi (tempero em pasta tipicamente japonês), salsa crespa, chuchu em tiras finas e shiso (erva que lembra hortelã).

    O que temos para julgar quando quase tudo o que comemos está cru e sem tempero? A apresentação, o cuidado nos cortes e, principalmente, a qualidade dos ingredientes. E a verdade é que não há muito o que reclamar de nenhum desses três quesitos. Estava tudo muito fresco, brilhante, nenhum ingrediente com aquela aparência "cansada" - um problema que acomete muitos restaurantes japoneses. O pargo com um toque de limão foi um dos destaques. O atum estava incrível, e nos perguntamos como pode o tal do atum bluefin (que fazia parte do combinado que custava quinhentos mangos) ser ainda melhor do que isso. Chris adorou o niguiri de camarão, obviamente, já que é tiete do crustáceo. O sashimi de polvo, que nunca tínhamos comido, foi uma agradável surpresa, com sua textura firme, e muito gosto de mar (Chris não comeu, porque o amor que dedica aos crustáceos encontra sua antítese no que tange aos moluscos). Os hossomakis e uramakis estavam muito bem montados, não se despedaçavam quando eram pinçados com os hashis. Os niguiris estavam perfeitos também. E o desejado ouriço-do-mar, que eu e meu irmão tanto queríamos comer, ainda permanece uma incógnita. Ambos sentimos um pouco de amargor, e gosto de mar. Mas acho que precisamos de mais provas para chegar a um conclusão definitiva sobre o bichinho - que Chris abdicou de experimentar em nosso benefício, já que só havia duas unidades. 
 
Uma imagem bonita, mas pode doer (no bolso)

Nem assim pro Sméagol parar de olhar pro anel (na camiseta, pô)

    Da outra vez que visitamos o Edo, só havia uma opção de sobremesa. Ficamos muito satisfeitos em saber que esse número dobrou: agora são duas! Como uma delas era apenas "gelato da casa", escolhemos o Brownie Chocoretto com Gelato da Casa (duas bolas de sorvete da casa, uma de chocolate e uma de baunilha, com cobertura de chocolate sobre brownie, R$ 35,90). Não é lá das mais criativas, mas não dá pra negar que estava bom, sorvete muito cremoso, brownie saboroso, boa combinação de sabores.

E o pote, gente, que lindeza, dá ganas cleptomaníacas na pessoa

    Um dos principais problemas em nossa outra visita foi o serviço, confuso e demorado em alguns momentos. Não tivemos esse problema agora. Garçonetes muito novas (acho que nenhuma viu o Brasil ser campeão do mundo de futebol), simpáticas, solícitas e com as explicações bem decoradinhas. Meu irmão perguntou pra uma delas se ela tinha comido determinada coisa, e a resposta foi não. Penso que, ao contratar, não custa nada fazer as moças experimentarem os principais produtos, para falarem sobre eles com mais propriedade, né? Havia um funcionário mais experiente para as dúvidas mais complexas - que sempre surgem com aqueles nomezinhos complicados, ou mesmo pra saber o que era cada coisa em nosso "bandejão".

    Outro dos principais problemas em nossa outra visita foi o preço. Esse, lamento dizer, permanece sendo um problema. Sim, é tudo de alta qualidade, sim, é tudo gostoso, sim, é tudo bonito. Mas a bandeja para três pessoas custa 330 pedaços da alma - e nem escolhemos a mais cara. Quando a gente compara com outros lugares em que já estivemos, notamos que é um nível acima, mas não para tanto. E acho que esse foi o principal motivo que fez eu e Chris decidirmos - pela segunda vez - que não voltaríamos ao Edo Zushi. E dessa vez a gente tem (quase) certeza de que é definitivo.
 
AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 8
Serviço(2): 8 e 7
Entrada (2): 6 e 7
Prato principal (3): 6 e 8
Sobremesa(2): 5 e 6
Custo-benefício(1): 4 e 5
Média: 6,16 e 7,08
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Rua Santa Elza, 250 - Vila Adyana - São José dos Campos - São Paulo
Obs: fica na rua do Gogó da Ema, virando à direita na Av. Adhemar de Barros
Telefone: (12) - 3911-5772 - Whatsapp (12) 98841-5135
Site: http://www.edozushi.com.br/
Facebook: @edozushi
Instagram: @edo_zushi

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Kasato Sushi (São José dos Campos - SP) - 31/01/2017


Há cerca de dois anos eu e Chris, à época neófitos no quesito "comida japonesa", visitamos o Edo Zushi , em São José dos Campos. Passamos a gostar da coisa, e nesse meio tempo fomos algumas vezes à restaurantes de shopping, daqueles a quilo, de comida japonesa. Mas já estava na hora de voltarmos a visitar uma casa especializada no assunto para uma refeição mais séria, e não apenas para uma boquinha antes de ver um filme no cinema. Seguindo indicações de alguns amigos, escolhemos para isso o Kasato Sushi (que também tem unidade em São Caetano do Sul), localizado numa bela avenida joseense, a Anchieta, que já teve, se bem me lembro, dois outros restaurantes presentes aqui no blog.

Tem dia que parece noite, mas tem noite que parece dia

A fachada do lugar, como se pode ver acima, é bonitinha, tem aquelas paredes bonitas com água escorrendo, e uma pichaçãozinha no muro (deixa o Dória ver). Para entrar é preciso passar pelo torii, aquele tradicional portão japonês, vermelho, com duas traves horizontais e duas traves verticais. Esses portões, no Japão, assinalam a entrada ou a proximidade de um santuário (tá tudo no Wikipédia, gente, cadê que eu sei tudo isso?). Do lado de dentro, mesas e cadeiras de madeira e dois salões, um onde fica a cozinha aberta, e outro com um bonito aquário. Escolhemos ficar perto dos peixes, para que eles nos testemunhassem enquanto devorávamos seus irmãos ainda crus (juro que tô escrevendo essa coisa horrível agora, mas não pensamos nisso na hora). Do lado de fora há uma bela área, que infelizmente não conta com mesas, o que é um desperdício, já que o restaurante fica em uma região muito bonita.

Onde estaríamos sentados, se cadeiras houvessem


Tem gente ainda mais cruel que a gente, comendo ao lado deles, óia só

Para começar a conversa, um mimo da parte do restaurante: um ceviche bem temperado de tilápia. Além de bem temperado estava cheio de cebola, então é claro que a gente gostou muito. Para acompanhar o ceviche pedimos uma cerveja Paulistânia (R$ 16,90), que veio bem geladinha e em copo próprio da cervejaria.

Os primeiros peixes ingeridos da noite

Depois de animarmos nossos paladares com o ceviche, partimos para escolher nossa entrada. Entre shimejis puxados na manteiga, lulas a dorê e rolinhos primavera, acabamos ficando com a porção de guioza (oito unidades, R$ 16,50). Guioza (pronuncia-se "guiô-zá") são os pastéizinhos, normalmente de carne e legumes, que vieram da China, chegaram ao Japão e se espalharam pelo mundo. Pedimos quatro fritos e quatro feitos no vapor, para sentir a diferença. Claro que os fritos são muito melhores. Aliás, os feitos no vapor tinham gosto de massa crua. Quanto ao sabor do recheio, apenas razoável. Apresentação bem bonita, com o prato cheio de fatias de laranja e, mais sensacional de tudo, a molheira em que veio o molho shoyu também feito com casca de laranja. Não me pergunte como, veja a foto e tente reproduzir em casa.

É fácil, basta pegar a laranja e mandar um abracadabra

Confessamo-nos culpados: ainda temos muitas dificuldades para entender os cardápios japoneses. Aquele monte de nomezinho diferente ainda não entrou, definitivamente, em nossas cabeças. E o cardápio do Kasato é pródigo em opções. Sushis, sashimis, makisushis, temakis, teppanyakis, enfim, é coisa que não acaba mais. Tem a opção de rodízio também, mas queríamos pedir algo do cardápio, até para ver como seria a apresentação. Acabamos optando pelo Combinado Kasato Especial 2 (36 unidades de sashimis e sushis de peixes e frutos do mar, R$ 64,90). Vamos explicar melhor o que está nos parênteses (se você é expert em comida japonesa, basta ver a foto abaixo, e pode pular para o próximo parágrafo). São dezoito sashimis (fatias de peixe cru), sendo seis de salmão, seis de atum e seis de peixe-prego. Entre os suhis, são doze niguiris (arroz prensado com uma fatia de peixe cru ou outro ingrediente por cima), sendo uma par de cada peixe citado anteriormente, mais um par de polvo, um de camarão e um de kani (imitação de carne de caranguejo prensada), além de sete hosomakis (arroz enrolado com alga, geralmente com apenas um recheio, que no nosso caso era salmão) e quatro uramakis (o sushi invertido, em que a alga, ao invés de ficar do lado de fora, faz parte do recheio). Se contei bem, são 41 itens, e não 36 conforme estava no cardápio. Mas acho que não é caso de voltar lá para reclamar, né? Mas só porque somos muito bonzinhos.

Gostamos da apresentação, embora devamos ressaltar que não temos tanta base para comparação. O combinado veio servido naqueles típicos barcos japoneses, com direito a legumes (chuchu, nabo e cenoura) em tiras, e laranja e pepino cortados cheios de estilo para enfeitar. Grudado à laranja veio um naquinho de wasabi, o famoso tempero verde japonês. É bem pouco para o tanto de comida, mas por sorte nós não gostamos muito dele (nada pessoal). Não há opções de molho, apenas o tradicional shoyu. Achamos que faltou algo mais artesanal, talvez um molho agridoce, feito pelo próprio restaurante, e não comprado pronto. Mas o fato é que comemos tudinho, foram 41 itens degustados, provavelmente com 21 para mim e 20 para a Chris - porque ficou um sashimi de peixe-prego ao final que ela me fez engolir.

Eu comi a imensa maioria disso tudo aí

Esta é a foto para os experts verem e já saberem tudo que tem aí no barquinho

Não esperávamos muito das sobremesas japonesas, já que no badalado (e já citado) Edo Zushi tínhamos comido banana com sorvete (pfff), que era a única opção. No Kasato havia aquelas batidas escolhas que ainda tô pra ver faltarem em restaurantes populares brasileiros: creme de papaya, petit gateau e frutas da estação. Mas também havia duas promissoras alternativas: tempurá de banana e tempurá de sorvete. Escolhemos o segundo (R$ 17,90), ou melhor dizendo, a Chris escolheu enquanto eu estava no banheiro, já que ela ficou curiosíssima quando a garçonete disse que o sorvete era frito em uma massa feita com sucrilhos, mas não derretia! Aí atiçou a criança que mora dentro dela. Apresentação muito bonita, com o tempurá já partido em dois, coberto com desenhinhos de caramelo, e fatias de laranja (de novo, tal qual na entrada, parece ser uma obsessão do cozinheiro) com fatias bem finas de morango por cima das laranjas. À primeira colherada achamos que a massa tinha um sabor muito forte de laranja. Depois essa impressão diminuiu um pouco, e acabamos achando bem interessante, embora eu tenha gostado mais do que a Chris.

É bonitinha mesmo, né?

Claro que, além das cervejas, não poderíamos ir embora sem tomar alguma bebida feita com saquê, o destilado típico japonês. Tomamos a sakerinha de morango (R$ 19), feita com sakê brasileiro. O metido aqui até queria o importado, mas estava em falta. Veio bem bonitona, e estava com álcool bem pronunciado, não era daquelas que parecem um suquinho, como normalmente acontece com os drinks feitos com sakê.


É ou não é bem bonitona? Eu acho LINDA!


Lembra que eu escrevi que o cardápio, para nós, é um pouco confuso? Pois então, o fato é que os garçons, todos muito jovens, não ajudaram muito a desfazer nossas dúvidas. Nas vezes em que fizemos perguntas sentimos que eles estavam um pouco inseguros para respondê-las. Em dado momento um perguntou pro outro, "é isso mesmo, né?", como se não soubesse muito bem o que estava falando. Mas foram todos atenciosos, sempre se preocupando se nos faltava alguma coisa. A cozinha entregou os pratos sempre com agilidade, mesmo com o restaurante enchendo um pouco no decorrer da noite. Aliás, ficamos impressionados com a quantidade de joseenses jantando fora em plena terça-feira. Sinal do cartaz que a culinária do Japão tem na cidade, que possui inúmeros restaurantes dessa especialidade.

Embora nada tenha nos desagradado de todo, concluímos que não haveria motivos para um retorno ao Kasato Sushi. Uma das razões é que ainda há dezenas, literalmente, de restaurantes japoneses para visitarmos em São José, e o Kasato não nos apresentou nada tão memorável que nos fizesse voltar a ele ao invés de conhecer um lugar novo. O conceito de sagrado é relativo, e depende de cada um. Talvez, para nós, não tenhamos de fato adentrado um lugar sagrado quando passamos por aquele torii, o famoso portão japonês. Mas certamente adentramos um lugar ótimo para se fazer uma boa refeição por preços honestos. E, às vezes, isso está mais perto do sagrado do que se pode imaginar.

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 6,5
Serviço(2): 6,5 e 6,5
Entrada(2): 6 e 5
Prato principal(3): 7 e 7
Sobremesa(2): 6,5 e 7,5
Custo-benefício(1): 8 e 7,5
Média: 6,75 e 6,62
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Avenida Anchieta, 117 - Jardim Esplanada - São José dos Campos - São Paulo
Telefone: (12) 3204-7323
Site: http://www.kasatosushi.com.br

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Kasato-Sushi/111179555700217