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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Cafezando #4: Veranda Café (São José dos Campos - SP) - 17/06/2023

 

    "Filho, leva um casaquinho". Quando uma mãe fala isso, é bom o filho obedecer, posto que, mesmo que esteja quarenta graus com céu azul, é batata que vai esfriar em algum momento. Já a frase "filho, não vai nesse café, é caro e bobo" acaba não recebendo a mesma atenção por parte dos rebentos. Uma injustiça, né? 
 

    Por ora, ignoremos o parágrafo acima, e vamos falar um pouco sobre o Veranda. O nome é uma junção de "verão" com "varanda", e não uma brincadeira com o nome de uma possível dona chamada Vera. Aliás, o nome da dona é Claudia, como ela faz questão de deixar claro na parede do salão interno do café, como se vê na foto abaixo:
 

    Estivemos lá em um sábado, por volta das 11:00, logo depois de eu ter feito um exame de sangue. Dispensei o café da manhã servido pelo laboratório para deixar o estômago prontinho pro Veranda, que fica no bairro Aquarius, pertinho do Oba, ao lado do Yupi e atrás do Eita. Mentira, só fica pertinho do Supermercado Oba mesmo. O lugar é gostoso, uma varandinha, ou verandinha, cheia de flores, plantinhas, vasinhos, mesinhas charmosas, sofás, tudo bem verandoso, primaveroso e mimoso. Nos instalamos do lado de fora, que, se não tem uma vista inenarravelmente espetacular, também não desagrada.



    O cardápio não é tão farto em cafés quentes diferenciados, e a Chris ficou #umpokochatiada com isso. Por outro lado, há alguns cafés gelados interessantes, e também uma extensa lista de comidas salgadas e doces, com paninis, baguetes, pães de fermentação natural, salgados, croissants, brioches, crepes, tapiocas, waffles e ufa, acho que acabou. A vitrine também é recheada de doces que não constam no menu. Aliás, falando em menu, ele é acessado por QR Code, também conhecido como quiércoude.

    Nossa verandagem começou com um croque monsieur (R$ 32,00) e um pão de fermentação natural com presunto, queijo e tomate (R$ 29,00), ambos divididos irmamente, ou namoradamente, entre nós dois. O croque monsieur não era dos mais bonitos, tava muito molengo, e ao mesmo tempo faltou um pouco mais de bechamel escorrendo pelos cantos - bechamel este que estava com um toque a mais de sal. O lanche com pão de fermentação natural tava bem recheado, mas bastante esquecível. Qual lanche mesmo?
 


    

    Távamos num café, claro que cafezamos. Chris escolheu o café gelado com leite, caramelo e canela (R$ 12,00), que tinha realmente caramelo, não dá pra negar que o caramelo veio, ah, isso veio mesmo, e veio forte, veio intenso, veio doce. O café também apareceu, e a canelinha temperou. Eu pedi o banoffe café gelado (R$ 23,00), que é o doce banoffe (que você deve conhecer, tá na modinha) em formato líquido. Eu tomei um gole do café da Chris, que ela achou doce, e posso dizer que, perto do meu, o dela tava desprovido de açúcar. Tá certo, é um doce transformado em café, mas eu já comi alguns banoffes e nenhum era tão doce assim. Faltou aquele botão do contraste, que quando pequeno a gente via no controle da TV e não sabia pra que servia. 


    Não nos demos por vencidos. Apesar de já bem satisfeitos (em termos de quantidade, ao menos), partimos para os doces, na esperança de algo memorável aparecer. Escolhemos o crepe de pera com gorgonzola (R$ 26,00), pensando "é, se no risoto dá certo, porque não num crepe?". Não deu tudo errado, mas o gorgonzola dominou demais o paladar. Também pedimos a roseta de maçã (R$ 15,00), que é uma tortinha de maçã em formato de rosa. Tchantchantchantchan...sim, memorável! Não que a gente vá se lembrar dela pelo resto de nossas longas vidas, mas esteve boa, bonita, crocante, saborosa, e com uma geléinha de amoras que conjuminou muito bem. Os doces nós acompanhamos com um espresso pequeno (R$ 7,50) e um pink lemonade (R$ 16,50), ambos bem decentes. 
 
 

 
    Não foi falta de aviso de mamãe. "É caro e bobo, filho". Bobo, no caso, naquele sentido de sem graça, sabe? É isso. Não dá pra reclamar que é mal servido, ninguém vai sair com fome, mas é tudo meio...bobo, mesmo. E não é barato. Então acho que nem depois de fazer compras no Oba dá pra ir. Até porque fazer compras no Oba já é algo que machuca o bolso de um trabalhador honesto, então fica complicado. E o pior é que dispensei o café de graça lá no laboratório. Acho que não é bem o Veranda que é bobo...

    Então é isso. Em breve a gente volta a cafezar.
 
Endereço: Av. Comendador Vicente de Paulo Penido, 304 - Parque Res. Aquarius, São José dos Campos - SP
Instagram: @verandasjc

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Cafezando #2: Starbucks Vale Sul (São José dos Campos - SP) - 30/12/2022

 

(Isso aí acima é um entalhe escandinavo do século XVI com uma sereia de duas caudas. Serião)

    "Mas também não adianta o xenofobismo radical, eu vou jogar fora no lixo o que é ruim, e usar o que é bom da cultura mundial". Com essas sábias palavras de Gabriel, o Penseiro (como diria meu falecido pai) na cabeça (mentira, só fui lembrar da música ao escrever o texto), fomos até o Starbucks, essa rede maligna do império ianque também maligno, e que é a maior cadeia de cafeterias do mundo (tá no Wikipédia, deve ser verdade). Nosso único contato até então com eles tinha sido em algum aeroporto, mas daquela feita a Chris só tomou um espresso, ou coisa assim. Desta vez fomos ter a experiência completa. Pra falar mal, a gente tem que conhecer direito.




 
    É tipo um McDonald´s dos cafés. É tudo bem padronizado, rápido, e não tem garçom. Você vai no balcão e pede, dá seu nome, depois fica esperando chamarem seu nome. Muitos idiotas certamente dão outro nome, pra trolar os funcionários. O idiota aqui deu o nome de Javanildo. "É com jota?", me perguntou a funcionária? Sim, claro que é com "jota". Javanildo, pô. E lá fui eu pra mesa, esperando chamarem o Javanildo. Deixo abaixo a foto, pra não me chamarem de mentiroso nem de bundão.

 
    Pedimos primeiro um café cada, com itens salgados pra comer. Eu pedi um café meio diferente, com canela, leite e otras cositas. Não me preocupei em anotar o nome, ingredientes e valores, porque o Starbucks tem cardápio online, e eu poderia consultar depois. Mas os putinhos tiraram esse bendito do menu, de modo que não lembro o nome, ingredientes e preço. Mas eram uns bons dinheirinhos. E a foto do dito estava linda em um display na entrada da loja. A Chris pediu um Cappuccino Canela (espresso, um toque de canela e leite cremoso, finalizado com pitadas de canela em pó, 300ml, R$ 14,00). Nenhum dos dois gostou muito, a Chris porque não gosta muito de leite (por que pediu, danadinha?), e eu porque não gosto muito de café (o que está fazendo numa cafeteria, danadinho?). Ah sim, faltou dizer que não veio no copo bonito que tava na foto, veio no papelão mesmo. 
 

 
    Como já deve ter sido percebido, não tem muita coisa de artesanal na parada. Por exemplo, os rangos salgados ficam todos ali já prontinhos, só esperando serem solicitados. Até mesmo o Croque Monsieur, aquele sanduíche que tem molho bechamel (o molho branco francês, caso não saibas) por cima, já fica ali montado. Foi esse que a Chris pediu (presunto, queijo prato, molho bechamel e parmesão no pão de brioche, R$ 25). Ela até que achou bom, pra um troço que já tava pronto. Eu pedi o croissant multigrãos (mas é americana ou francesa essa bagaça? R$ 10,50, puta preço esquisito, cobra 10 ou 11, catzo). Não vi tantos grãos assim, só vi gergelim preto, mas tava crocante e bem gostoso, até. 



    Para acompanhar nossos doces, pedimos mais cafés. A Chris tava querendo amargor, então pedimos um Espresso Doppio (45ml, R$ 7,50), que é aquele espresso normalzão mesmo. Tava bem amargo, de fato. Também pedimos o Flat White, porque a descrição era mó legal: "Um clássico feito de shots de ristretto com um aveludado toque de leite vaporizado" (300ml, R$ 12,50). A descrição é poesia pura, mas na prática é café com leite mesmo. Eu pesquisei e pesquisei, e até agora não entendi direito o que é ristretto no mundo dos cafés. Vocês que lutem pra descobrir. 
 
    Acabamos dividindo os dois cafés, e sobrou um monte do Flat White, porque a menor dose era de 300ml, e já estávamos de bucho preenchido. Para adoçar, a Chris foi de Cinnamon Roll (R$ 12,00), que é uma massinha folhada, bem amanteigada, e com bastante canela. Gostosinha que só. Eu finalmente pedi um clássico americano, o Donut Chocoberry (R$ 10,50, de novo esse preço esquisito), recheado com frutas vermelhas e com uma casquinha que supostamente traria alguma lembrança de chocolate, mas não trouxe. E mesmo com o recheio bem cremoso, o bagulho é seco. Coitados dos policiais americanos. 
 


    Eu preciso confessar que no segundo pedido, me acovardei. Falei meu nome verdadeiro pra moça, disse que o Javanildo tinha sido uma brincadeira com a minha namorada. Ela fez uma cara de quem diz "é, sempre tem uns idiotas assim por aqui". Deixo abaixo a foto, pra não me chamarem de mentiroso (mas podem me chamar de bundão por não ter ido até o fim com a troça).

    A Chris pontuou (na verdade ela disse, não pontuou nada, mas "pontuou" é mais chique do que "disse") que o Starbucks faz essa coisinha de chamar pelo nome pra trazer algo de íntimo pra uma relação que é, na verdade, completamente fria. De fato, não é um lugar caloroso, que dê vontade de voltar. Tem umas coisinhas boas, e às vezes a gente está num aeroporto, e pelo menos sabe que ali existe, supostamente, um padrão de qualidade. Mas a Casa do Pão de Queijo também tem, e é brazuca. Acho que vamos preferir. Os policiais brasileiros estão muito mais bem servidos. 
 
    Então é isso. Em breve a gente volta a cafezar.
 
Endereço: Avenida Andrômeda, 227 (Shopping Vale Sul, próximo à saída D1), Jardim Satélite, São José dos Campos - SP
Instagram: @starbucksbrasil