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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Cafezando #7: Mais 1 Café (São José dos Campos - SP) - 15/01/2025

 

    O Mais 1 Café é uma rede. O que significa que você chega lá, se deita e se deixa baloiçar ao sabor do vento. Mentira, não é esse tipo de rede. Mas eu tinha pensado nessa incrível piada assim que decidimos fazer uma visita lá para o blog, então não podia deixar de fazer a piada, posto que se o fizesse (deixar de fazer a piada) eu estaria contrariando a mim mesmo. Piada feita, sigamos.

O Gabriel reclamou...

    É como se fosse o McDonald´s dos cafés. Tem em tudo que é canto, o preço é sempre o mesmo em todo canto, e você já sabe o que vai encontrar, tem um padrão na parada. Existe um dilema existencial nisso aí. Você tem à sua frente um café super artesanal, único, e ao lado você tem uma loja do Mais 1 Café. No primeiro você pode encontrar maravilhas nunca dantes vistas, mas também pode se dar muito mal. No segundo você não vai encontrar nada que vá mudar sua vida pra sempre, mas ao menos você sabe o que vai encontrar. Esse dilema é dado como exemplo em muitas aulas avançadas de filosofia. Ou não.

    O pedido é feito num tabletão, que é um tablet gigante. Os tablets perderam lugar no nosso dia a dia para os celulares e para os notebooks, mas eles ainda existem. É um sistema bem intuitivo, até eu consigo usar com facilidade. Você pede no tablet, paga na maquininha, se senta e recebe o pedido na mesa. É tudo muito rápido, e minha analogia com o Méqui tem super a ver, porque é mesmo um fast food, ou fast drink.

    Pra começo, Chris pediu um Vanilla, que é um café com leite, baunilha e caramelo (R$ 13,90) e pra comer um Croissant, daqueles francesão memo, só com manteiga, sem recheio (R$ 11,50). Vi no site deles que o croissant é importado da França, o que me parece um excesso de preciosismo, deve ter alguém no Brasil que saiba fazer. Mas valeu, a Chris achou crocante, tava morninho, tava bom. O Vanilla ela achou que tava meio doce demais. "Meio demais" parece um contrasenso, e é. Vai ficar assim mesmo.  

...que as fotos dos textos sobre café... 
 
    Pra começo, eu pedi um Baileys and Coffe, que é café com leite, macadâmia e um shotzinho de licor Baileys (R$ 15,90), e o trio de mini-coxinhas de frango com catupiry (R$ 10,90). O café tava legal, com o licor bem suavinho, dá nem pra fazer a cabeça. As coxinhas eram bem mini mesmo, e vieram friíssimas (me comprometo a não ir ao Google ver se é assim que fazemos o superlativo de "frias", vamos no improviso). Por sorte estavam saborosas. 
 
...não tem legenda...

    Mas não foi só isso. Voltamos para mais uma dose, agora mais focada no açúcar. Dessa vez vou falar das escolhas minhas e da Chris no mesmo parágrafo, porque eu só tenho uma foto, não fizemos as fotos separadas. Vai ficar um parágrafo grande, deselegante, uma tragédia em termos de estilo, mas não tem outro jeito. Pois bem, a Chris escolheu dessa vez, para bebericar, o Cherryccino, uma espécie de capuccino com cereja (R$ 9,90), que ela definitivamente desgostou, não sentiu nada de cereja. Ela comeu um Donut Capuccino (R$ 13,50), que tava crocantinho por fora, macio por dentro e bem saboroso. Acho que foi a melhor coisa que comemos/bebemos. Diz o site que o donut vem lá da Polônia. Baita viagem, mas valeu a pena cada ricocheteio no bagageiro do avião. Eu bebi um café coado (R$ 7,90), que tava um pouco ralo, e comi um Croissant Kit Kat®  (R$ 13,90), que é o croissant francês todo recheado com o famoso chocolate, pra desespero da francesada, que parece que acha sacrilégio rechear croissant, mas o brasileiro é isso, um serzinho iconoclasta, faz sushi com manga, bota Nutella até na feijoada, taca catchup no strogonoff, entre outras maravilhas. A propósito, o croissant sacrílego estava bom. 

...então agora tem legenda, Gabriel!

    É aquela coisa, se apresentados ao famoso dilema filosófico que eu inventei uns parágrafos acima (e que, portanto, não é famoso, ainda), é possível que escolhêssemos o Mais 1 Café, a depender da situação. Mas dizer assim que é uma coisa maravilhosa, não dizemos. Como é uma rede que está se alastrando mais que dupla sertaneja (tem quantas hoje, umas setecentas? Acho que só Jorge & Gabriel deve ter umas sete), é bem possível trombar com uma delas por aí. Se isso lhe acontecer, vá sem medo, saiba que vai comer e beber sem demora, mas sem muita interjeição também.

    Então é isso. Em breve a gente volta a cafezar.

Endereço: Só em São José dos Campos tem cinco, não vou escrever tuduzendereço aqui não
Site: https://mais1cafe.com.br/
Instagram: @mais1.cafe

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Cafezando #2: Starbucks Vale Sul (São José dos Campos - SP) - 30/12/2022

 

(Isso aí acima é um entalhe escandinavo do século XVI com uma sereia de duas caudas. Serião)

    "Mas também não adianta o xenofobismo radical, eu vou jogar fora no lixo o que é ruim, e usar o que é bom da cultura mundial". Com essas sábias palavras de Gabriel, o Penseiro (como diria meu falecido pai) na cabeça (mentira, só fui lembrar da música ao escrever o texto), fomos até o Starbucks, essa rede maligna do império ianque também maligno, e que é a maior cadeia de cafeterias do mundo (tá no Wikipédia, deve ser verdade). Nosso único contato até então com eles tinha sido em algum aeroporto, mas daquela feita a Chris só tomou um espresso, ou coisa assim. Desta vez fomos ter a experiência completa. Pra falar mal, a gente tem que conhecer direito.




 
    É tipo um McDonald´s dos cafés. É tudo bem padronizado, rápido, e não tem garçom. Você vai no balcão e pede, dá seu nome, depois fica esperando chamarem seu nome. Muitos idiotas certamente dão outro nome, pra trolar os funcionários. O idiota aqui deu o nome de Javanildo. "É com jota?", me perguntou a funcionária? Sim, claro que é com "jota". Javanildo, pô. E lá fui eu pra mesa, esperando chamarem o Javanildo. Deixo abaixo a foto, pra não me chamarem de mentiroso nem de bundão.

 
    Pedimos primeiro um café cada, com itens salgados pra comer. Eu pedi um café meio diferente, com canela, leite e otras cositas. Não me preocupei em anotar o nome, ingredientes e valores, porque o Starbucks tem cardápio online, e eu poderia consultar depois. Mas os putinhos tiraram esse bendito do menu, de modo que não lembro o nome, ingredientes e preço. Mas eram uns bons dinheirinhos. E a foto do dito estava linda em um display na entrada da loja. A Chris pediu um Cappuccino Canela (espresso, um toque de canela e leite cremoso, finalizado com pitadas de canela em pó, 300ml, R$ 14,00). Nenhum dos dois gostou muito, a Chris porque não gosta muito de leite (por que pediu, danadinha?), e eu porque não gosto muito de café (o que está fazendo numa cafeteria, danadinho?). Ah sim, faltou dizer que não veio no copo bonito que tava na foto, veio no papelão mesmo. 
 

 
    Como já deve ter sido percebido, não tem muita coisa de artesanal na parada. Por exemplo, os rangos salgados ficam todos ali já prontinhos, só esperando serem solicitados. Até mesmo o Croque Monsieur, aquele sanduíche que tem molho bechamel (o molho branco francês, caso não saibas) por cima, já fica ali montado. Foi esse que a Chris pediu (presunto, queijo prato, molho bechamel e parmesão no pão de brioche, R$ 25). Ela até que achou bom, pra um troço que já tava pronto. Eu pedi o croissant multigrãos (mas é americana ou francesa essa bagaça? R$ 10,50, puta preço esquisito, cobra 10 ou 11, catzo). Não vi tantos grãos assim, só vi gergelim preto, mas tava crocante e bem gostoso, até. 



    Para acompanhar nossos doces, pedimos mais cafés. A Chris tava querendo amargor, então pedimos um Espresso Doppio (45ml, R$ 7,50), que é aquele espresso normalzão mesmo. Tava bem amargo, de fato. Também pedimos o Flat White, porque a descrição era mó legal: "Um clássico feito de shots de ristretto com um aveludado toque de leite vaporizado" (300ml, R$ 12,50). A descrição é poesia pura, mas na prática é café com leite mesmo. Eu pesquisei e pesquisei, e até agora não entendi direito o que é ristretto no mundo dos cafés. Vocês que lutem pra descobrir. 
 
    Acabamos dividindo os dois cafés, e sobrou um monte do Flat White, porque a menor dose era de 300ml, e já estávamos de bucho preenchido. Para adoçar, a Chris foi de Cinnamon Roll (R$ 12,00), que é uma massinha folhada, bem amanteigada, e com bastante canela. Gostosinha que só. Eu finalmente pedi um clássico americano, o Donut Chocoberry (R$ 10,50, de novo esse preço esquisito), recheado com frutas vermelhas e com uma casquinha que supostamente traria alguma lembrança de chocolate, mas não trouxe. E mesmo com o recheio bem cremoso, o bagulho é seco. Coitados dos policiais americanos. 
 


    Eu preciso confessar que no segundo pedido, me acovardei. Falei meu nome verdadeiro pra moça, disse que o Javanildo tinha sido uma brincadeira com a minha namorada. Ela fez uma cara de quem diz "é, sempre tem uns idiotas assim por aqui". Deixo abaixo a foto, pra não me chamarem de mentiroso (mas podem me chamar de bundão por não ter ido até o fim com a troça).

    A Chris pontuou (na verdade ela disse, não pontuou nada, mas "pontuou" é mais chique do que "disse") que o Starbucks faz essa coisinha de chamar pelo nome pra trazer algo de íntimo pra uma relação que é, na verdade, completamente fria. De fato, não é um lugar caloroso, que dê vontade de voltar. Tem umas coisinhas boas, e às vezes a gente está num aeroporto, e pelo menos sabe que ali existe, supostamente, um padrão de qualidade. Mas a Casa do Pão de Queijo também tem, e é brazuca. Acho que vamos preferir. Os policiais brasileiros estão muito mais bem servidos. 
 
    Então é isso. Em breve a gente volta a cafezar.
 
Endereço: Avenida Andrômeda, 227 (Shopping Vale Sul, próximo à saída D1), Jardim Satélite, São José dos Campos - SP
Instagram: @starbucksbrasil