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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Paraguassu (Mucugê - BA) - 17/09/2023

 

    A decisão de ir ao Paragaussu foi tomada ainda em casa, quando fazia as pesquisas da viagem, e me deparei com o cardápio que o restaurante disponibiliza em seu site. Havia muitas coisas apetitosas por ali. Fomos visitar o local em nossa primeira noite em Mucugê. A cidade é uma base de visitação à Chapada Diamantina, mas é muito mais tranquila do que sua vizinha Lençóis, de onde tínhamos acabado de vir. Em Mucugê o que reina é a paz e a tranquilidade, o que foi constatado em nossa caminhada até lá em uma noite de domingo, com a cidade bem vazia.

Um anjo caminha pelas ruas vazias de Mucugê

Fachada do Hotel Refúgio na Serra, onde fica o Paraguassu

    O Paraguassu fica dentro de um hotel chamado Refúgio na Serra, com diárias de quatro dígitos. Chegamos à recepção, eu de chinelo, bermuda e minha camiseta de Cabaceiras (PB), e Chris, linda como sempre, com um vestido bonito, mas simples, e de sandália. Me refiro à vestimenta, porque não sei se foi ela o motivo de a moça ter falado pra gente esperar na recepção, porque alguém do restaurante viria nos buscar. Recepção bonita, com sofás confortáveis, belos quadros na parede. Legal, daria pra ficar ali por um ou dois minutos. Mas ficamos por uns dez. E o mais curioso é que a gente via o restaurante ali ao lado, coisa de dez metros da gente. Passados os dez minutos ou coisa que o valha, veio o maitre nos levar pela mão (ok, exagero, mas foi quase isso) até o restaurante, que estava vazio. São coisas do mundo dos ricos que a gente tem dificuldade de compreender.

Todo achando que pertence ao mundo dos ricos

    O restaurante tem um ambiente interno, mais formal e bem iluminado, e uma área externa, em que, segundo o maitre, a proposta é um contato maior com a natureza. Há uma grande árvore, e belas luminárias baloiçando ao vento. Foi ali que nos instalamos, mesmo com a ressalva de que não seria permitido fumar. Para isso a Chris teria que sair do hotel, já que todo ele é restrito para a prática do "eu pito, cê não pita não?". Mas é preciso dizer que o hotel disponibiliza um banquinho charmoso com cinzeiro bem na entrada.   

Chris e as luminárias baloiçantes. Baita palavra essa, hein?

Ele realmente tá se achando o próprio João Dória

Pelo menos não mandam os fumantes pra sarjeta

    O cardápio é bem variado, com diversas opções de proteínas. As entradas vão de R$ 49 (queijo coalho do Mucugê) até R$ 94 (vinagrete de polvo). Aliás, achei as entradas pouco criativas, pra um restaurante desse nível, com opções de pastéis, brusquetas e croquetas, nada muito inventivo. Nos pratos principais a divisão fica em carnes, peixes & mariscos, risotos e massas, além das opções vegetarianas e veganas. Os valores partem de R$ 64 (ravioli aos cinco queijos) e podem chegar até R$ 220 (bacalhau confit), sempre para pratos individuais. Já nas sobremesas estão os onipresentes petit gateau (R$ 37) e tiramissu (R$ 42), com poucas opções mais criativas.

    Nossa escolha de entrada foi a croqueta de carne de panela (bolinho recheado com carne de panela e gorgonzola, acompanhada de molho lambão e maionese artesanal, R$ 56). A croqueta estava uma delícia, muito crocante por fora, e bem cremosa por dentro (embora a Chris tenha insistido que a croqueta feita pelo meu irmão é melhor). O gorgonzola aparece pouco, e quando reli a descrição do prato para a Chris ela disse "ué, tem gorgonzola?". Maionese bem delicada e com boa textura. Veio também um molhinho de pimenta, que não constava na descrição, mas combinou muito bem. Aliás, as duas Heineken que pedimos (R$ 15 cada, long neck) também combinaram muito bem. Comida de boteco das boas - com a ressalva de que não estávamos em um boteco.

Gostoso, sim, mas combina mais com um boteco bão de BH

    Depois de muita confabulação, inclusive com o maitre, Chris acabou decidindo escolher, como prato principal, o Bife Ancho (bife angus grelhado, acompanhado de nhoque frito de mandioca ao molho de gorgonzola e geleia de pimenta biquinho, R$ 116). A Chris gosta do bife mal passado. Depois de muitas experiências em que, mesmo pedindo mal passado, ela recebeu o bife ao ponto ou bem passado, nós começamos a enfatizar ao garçom que "é mal passado mesmo, viu?". Mas acho que precisamos mudar novamente nossa tática. O bife chegou bem próximo ao cru, bastante frio por dentro. E não tava nem bonito por fora, não havia aquela crostinha, tava branquelo. Uma tristezinha. Sim, provavelmente eles teriam feito de novo se tivéssemos falado, mas aí a experiência iria ficar ainda mais prejudicada, com os dois comendo sozinhos. Aí deixamos assim mesmo. Ela gostou bastante do nhoque, saboroso e crocante, com o molho também gostoso, e dessa vez com sabor de gorgonzola. Proporção errada, o bife era muito grande para a quantidade de nhoque. Mas como ela não comeu todo o bife, deu certinho.😡
 
O bife era tão grande que não coube na foto

    Eu também demorei um pouco para fazer minha escolha, e optei pelo Cordeiro do Garimpo (preparado em cocção lenta, acompanhado de baião de dois cremoso de arroz vermelho e feijão regional, finalizado com molho demi-glace, farofa de castanha, crisp de cebola e geleia de pimenta artesanal, R$ 92). A carne veio literalmente derretendo, com o demi-glace aprofundando ainda mais o sabor do cordeiro. O baião de dois estava bem cremoso, até demais, deixando de lado qualquer impressão de um baião de dois - ficou difícil detectar os sabores do arroz vermelho e do tal feijão regional. Mas trazia um adocicado que contrastava bem com o cordeiro. O crisp de cebola estava bem crocante, e saboroso, claro, méritos à cebola. Eu aceitaria um pouco mais da geleia picante, que trazia outra dimensão às garfadas.


Veja como o baião de dois parece uma maionese

    A sobremesa talvez tenha sido a melhor parte da refeição. Escolhemos a Experiência Diamantina (massa crocante, recheada com doce de leite artesanal, zabaione italiano de queijo, finalizado com geleia de frutas vermelhas, R$ 44). Massa bem crocante, e conjunto muito equilibrado. Zabaione delicado, com o toque de limão bem presente. Doce de leite era o elemento mais doce, mas veio na quantidade certa. Geleia de frutas vermelhas (na verdade parecia ser só de amora) nas bordas, muito agradável, sem estar muito doce, e trazendo acidez. E para coroar, uma framboesa, uma amora e um mirtilo sobre o zabaione, junto a uma telha que parecia uma colmeia. Bonitinho.

Finalizou bem, não podemos negar

    O serviço é formal demais para nosso gosto. Dá para ver que o maitre é bem experiente, sabe o jeito que as pessoas que frequentam esses restaurantes gostam de ser atendidas. Mas não é muito nosso jeito. Inclusive ele enxotou um gato do local, e a Chris ficou bem braba. Afinal, cadê o tal "maior contato com a natureza?". Havia um garçom um pouco mais novo, e também um pouco mais espontâneo. Outra coisa inescapável nesse tipo de restaurante é a quantidade de vezes em que os funcionários vem perguntar se está tudo bem. Mais uma formalidade inócua, porque nós não vamos responder "não, meu amigo, tô com uma unha encravada terrível, além do mais, o bife está cru". Sei lá. Daí a gente acaba mentindo. Mas é preciso dizer que o maitre foi bem atencioso e flexível quando a Chris estava em dúvida sobre o que pedir, e até disse que seria possível alterar algum acompanhamento dos pratos, caso ela quisesse. E também devemos dizer que o tempo de espera entre os pratos foi perfeito.

    Pelo que pudemos apurar, os mesmos donos do hotel e do restaurante também são donos de uma vinícola, a UVVA, a primeira a fazer vinhos finos na Chapada Diamantina. Finos e caros. Mas férias são o momento de enfiar o pé na jaca, ou na uva, então pedimos o Microlote Syrah UVVA (R$ 228). Não somos especialistas em vinhos, mas foi certamente um dos melhores que já tomamos. A vinícola fica a 25km do centro de Mucugê, mas não fizemos visitação, porque a mais simples custava R$ 160 por pessoa, com valor revertido em compras. Pelo preço do vinho, não ia dar pra reverter muita coisa.

    Tivemos alguns bons momentos em nossa experiência no Paraguassu. A entrada estava boa - embora combinasse mais com um boteco dos bons -, meu principal tinha boas ideias, a sobremesa estava muito bem feita e o vinho era delicioso. Mas o preço alto aliado ao erro feio no elemento principal do prato da Chris nos fizeram decidir que não faríamos uma segunda visita ao restaurante. Mesmo que nessa segunda visita a gente não precisasse esperar por dez minutos para sermos levados pelas mãos por um longo caminho de vinte passos.

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 8 e 7,5
Serviço(2): 6 e 6,5
Entrada (2): 6 e 7,5
Prato principal (3): 5,5 e 7
Sobremesa(2): 7 e 8
Custo-benefício(1): 5 e 6
Média: 5,83 e 7,16
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Rua Caetité, 40A - Centro Histórico - Mucugê - Bahia
Telefone: (71) 98136-5626
Site: https://www.refugionaserra.com.br/restaurante-paraguassu/
Instagram: @restaurante_paraguassu

terça-feira, 10 de julho de 2018

Bendito Bistrô (São José dos Campos - SP) - 03/07/2018


Bendito Bistrô. Nome legal. Mas carrega consigo um estereótipo que no Brasil é difícil de apagar: o de restaurante caro. Culpa do "bistrô" que vem junto ao nome. Antes, no mesmo local, funcionava o "Il Tartufo", restaurante em que fomos certa vez para um evento, e que era bastante sofisticado. Pela bonita fachada que foi mantida, esperávamos o mesmo do Bendito Bistrô.

A dona com seu cachorro acrescentou casualidade ao registro

Do lado de fora, à esquerda, já é possível entrever pelas janelas a grande e bela cozinha aberta. Perto dela há um espaço que pode ser reservado para eventos. À direita fica o salão principal, com cerca de dez mesas, onde os comensais são recebidos. De cara o que mais nos chamou a atenção foram as bolas. Sim, aproveitando o clima de Copa do Mundo as mesas são decoradas com bolas de futebol. Chris foi um pouco mais condescendente, mas eu não achei nada bonito. Combinaria mais com um ambiente de cantina, ou mais informal. Aliás, de maneira geral a decoração do ambiente carece de personalidade. A impressão que me deu foi uma coisa meio "olha, esse quadro é bonitinho, vamos colocar lá no restaurante?". Falta um foco, talvez uma ajuda profissional mesmo, não um conselho de alguém que escreve um bloguezinho mequetrefe sobre suas experiências gastronômicas com a namorada (auto-depreciação é uma das minhas maiores virtudes).

Contrariando a lógica dominante, o garçom só tirou uma, e ficou tremida

Apresento-lhes a bola

Eu sou um pouco chato, confesso. Gosto de padrões. De coerência. Mas vê se eu tô muito errado. Chega o cardápio, com diversas divisões por tipo de comida. Escrito do jeito mais trivial possível: "Entradas e saladas", "Veganos", "Risotos", "Massas", "Peixes", "Frutos do mar" e "Carnes". Aí, na sessão das sobremesas, vem escrito "Ah!! A sobremesa...". Ou faz graça em tudo ou faz tudo certinho, não é? Tá, talvez eu seja muito chato mesmo. Enfim. Afora isso, visualmente o cardápio deixa a desejar. Um pouco mais de requinte, acompanhando o "requinte" dos preços na casa dos 70 reais para pratos individuais, seria bem-vindo. 

O couvert parecia bem interessante, cheio de pães, com terrine de salmão, diversos queijos, entre outras coisas (R$ 58 para duas pessoas). Pela quantidade de coisas, teríamos que optar entre ele ou uma entrada, e esta última acabou vencendo (eu venci a Chris, no caso). Pedimos os frutos do mar cozidos no vapor com folhas de peixinho a milanês, servido com molho de maracujá e sorbet de limão (R$ 65). Apresentação meio amontoada, mas não tava feia. Entre os frutos do mar vieram lulas, camarões, mexilhões e polvo. Peixinho é uma PANC (plantas alimentícias não convencionais), e foi ela que me fez bater o pé pra pedirmos a entrada ao invés do couvert, já que nunca tínhamos comido e eu tinha curiosidade de experimentar. Provavelmente foi a melhor coisa do prato, que de resto estava bem sem tempero. O tal molho de maracujá veio em pouco quantidade, e os frutos do mar, embora bem cozidos, estavam sem gosto. O sorbet de limão foi bem interessante, trazendo uma acidez e frescor que o molho de maracujá escasso não proporcionou.

Os frutos do mar, o peixinho que é folha e as folhas que são folhas mesmo

Entre os pratos principais o menu soma 23 opções - o que considero um exagero para um restaurante pequeno. Chris optou pela truta recheada com salmão assado, servido com molho de uvas verdes e arroz de amêndoas (R$ 69). Apresentação bem normalzinha, mas correta, embora ela preferisse que a pele viesse virada para baixo. Ela achou bem saborosa a junção dos dois peixes, com um recheando o outro. Estava bem temperado e com bom ponto. O arroz estava saboros e soltinho. Mas o molho de uvas verdes se resumia a uvas verdes cortadas pela metade e colocadas sobre o peixe. Detalhe: a ideia é ótima, já que as uvas trazem uma acidez diferente daquela que estamos acostumados com molhos de limão ou laranja. Mas como não era um molho, o peixe acabou ficando seco, e consequentemente difícil de comer. Uma pena, já que a ideia poderia ter rendido um ótimo prato se bem executada.

"Cadê meu molho?"

O peixe foi "uvacionado" ao final do espetáculo (ai, essa doeu)

Eu ainda não estava contente com os polvos ingeridos na entrada, e resolvi pedir polvos grelhados com alcaparras, azeitonas pretas, tomates cereja e salsão, puxados no azeite e aromatizados com páprica picante, com tortilhas de batata e camarão (R$ 70). Antes de mais nada é bom dizer que isso que escrevi é a descrição do prato no cardápio, por isso escrevi a palavra "camarão", embora os camarões não tenham vindo à mesa. Mais uma vez apresentação apenas correta, sem grandes invenções. O polvo estava bem macio, agradável, mas o refogadinho tinha um problema de amargor detectado logo na primeira mordida. Depois de experimentar os ingredientes em separado, descobri que a culpada era a azeitona. Provavelmente foi comprada fresca, e não foi tirado o amargor, que ficou excessivo. A tortilha de batata estava boa, e até acho que poderia vir um pouquinho a mais, já que tinha bastante polvo.

"Pô, vô comê um polvo meu povo!"

Octopus´s Garden

Ah!! A sobremesa...a única sessão do cardápio com um diferencial no título trazia algumas opções interessantes, como o bolo torta de milho ao creme de queijo e mousse de capim limão (R$ 25). Quase pedimos esse, mas fomos convencidos pelo garçom a pedir a taça "UAU!!! Premium", especial de Dia dos Namorados, que não está no cardápio, mas se manteve como opção após a passagem da data comemorativa dos apaixonados. Para duas pessoas, é uma taça envolta em brigadeiro, com bolinhas de chocolate, frutas vermelhas, raspas de chocolate branco e mais brigadeiro por dentro (R$ 49). Pode-se acusar a apresentação de ser cafona, mas é bem bonita, e né, o amor é cafona mesmo. Claro que misturar brigadeiro com frutas vermelhas é covardia, então é óbvio que estava gostoso, com o brigadeiro da parte interna bem quentinho e cremoso, e o da parte de fora mais firme e em temperatura ambiente. Vieram morangos, mirtilos e framboesas, além de duas belíssimas phisalys por cima, uma pra cada.

Cafona como o amor

A demora para servir alguns pratos foi abissal, com o perdão do adjetivo exagerado. A entrada, por exemplo, deve ter levado uns 40 minutos para chegar. Isso com o restaurante bem vazio em uma terça à noite. Depois, observando a enorme cozinha aberta, notamos haver lá dentro um solitário ser. Provavelmente o motivo da demora era a solidão do homem (filosófico isso). Nosso atendimento foi feito pelo jovem e prestativo Eric. Bastante esforçado, ele conseguiu ser educado sem perder a espontaneidade, o que para nós é sempre o melhor dos mundos. É novo, mas interessado em aprender. Por exemplo, quando nos explicava quais frutos do mar faziam parte da entrada, se esqueceu do nome de um deles e nos perguntou "como é mesmo aquele bichinho que vem na concha?". Esse atendimento que não é engessado é o que mais gostamos de encontrar em nossas saídas. Além disso ele sabia se manter à distância, sem ser invaviso, mas estando sempre atento. Portanto nossas notas de serviço foram diminuídas por conta da demora na entrega dos pratos, e não do atendimento pessoal.

De maneira geral, me ficou a impressão de que o Bendito Bistrô precisa se decidir. Ou ele quer ser um restaurante que cobra quase cem reais em cada prato, e aí ele tem que melhorar muito em diversos aspectos tangenciais à comida, ou ele vai ser um lugar de comida bem feita, mas mais informal, e nesse caso ele tem que baixar os preços. Em ambos os casos, é preciso também, e isso é essencial, atentar para o sabor e tempero dos alimentos e para inconsistências entre o que está descrito no menu e o que aparece à mesa. Por tudo isso, eu e Chris decidimos que não faríamos uma segunda visita ao Bendito Bistrô - embora também não tenhamos chegado ao extremo de lhe mudar o nome para Maldito Bistrô.

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 6,5
Serviço(2): 7 e 7,5
Entrada(2): 5,5 e 6
Prato principal(3): 6,5 e 6,5
Sobremesa(2): 7,5 e 7
Custo-benefício(1): 6 e 6
Média: 6,62 e 6,62
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Rua Serimbura, 264 – Vila Ema - São José dos Campos - São Paulo
Telefone: (12) 3911-1460
Site: https://www.benditobistro.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/benditobistrovilaema/