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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Hamburgueria Fred & Leo (São José dos Campos - SP) - 25/01/2023

 


    Já faz um bom tempo que não visitamos uma hamburgueria para colocar aqui no blog. A última vez foi lá em fevereiro de 2019. Para consertar essa imensa falha, escolhemos a Hamburgueria Fred & Leo, tradicional aqui em São José, e que foi muito bem referendada pelo nosso amigo Jota Efe, que já afirmou ser esta a "melhor hamburgueria de São José dos Campos". Será, pequeno João?

Foto da hora de ir embora, porque quando chegamos não tinha letreiro

    Se soubéssemos que eles tinham acabado de realizar uma mudança de endereço, teríamos deixado a visita para outra oportunidade. O lugar ainda não parece estar completamente pronto para receber os clientes, falta uma decoração mais caprichada, e o próprio letreiro com o nome do estabelecimento foi instalado enquanto estávamos lá. Com isso, as nossas notas de ambiente acabaram ficando um pouco caidinhas. Vou usar um adjetivo que é o que está me vindo à cabeça ao pensar no lugar: está um pouco tristonho. Falta vida. Mas tenho certeza que logo isso será resolvido. Um ponto positivo é que há possibilidade de ficar em mesinhas do lado de fora, que foi o que fizemos. A região é bem tranquila, embora esteja bem perto de uma das avenidas mais movimentadas de São José, a Andrômeda. A hamburgueria está instalada em um centro comercial chamado Atrium Oficce Building. 

Tristonhozinho ainda, mas há de melhorar

Olha aí a instalação do letreiro, um momento histórico

    O cardápio é acessado via QR Code. Sei que isso é ecologicamente correto, e tudo e tal, e que é uma tendência meio irreversível, mas o velhinho aqui sente falta do menu físico, especialmente porque a telinha do celular é muito pequena, e é um saco ficar rolando pra cima e pra baixo. No caso do Fred & Leo isso não incomoda tanto, porque as opções de lanches e porções não são tantas. São dois hambúrgueres vegetarianos, um vegano, duas opções um pouco menores (chamadas de Smash, com burguer de 80g), e mais oito lanches com burguer de 150g, além de uma opção diferente de lanche que muda todo mês (na nossa visita era um lanche com cheddar e cebola caramelizada). O preço médio dos lanches maiores é R$ 27. Os combos com batata e refri custam a partir de R$ 36.

    Antes dos lanches, pedimos uma porção de dadinho de tapioca (R$ 20,00), que é a única disponível, além das clássicas batatas. Os dadinhos estavam crocantes por fora e macios por dentro, e o molhinho de pimenta que acompanhava era bem agradável, com picância na medida certa. No serviço presencial, a casa também fornece gratuitamente os molhos à base de maionese, nos sabores aioli, chimichurri e manjericão. Acompanhamos com duas cervejinhas da Estrella Galicia (R$7,00 a lata de 350ml). Além da Estrella, a única outra cerveja disponível é a Eisenbahn Pilsen. Senti falta de outras opções, especialmente IPAs, que vão muito bem com hambúrguer.

Molho de pimenta e dadinho de tapioca: feitos uma para o outro

    Para o lanchamento, Chris escolheu o Burguer nº 8 (pão brioche, hambúrguer da casa, requeijão de corte empanado, geleia de pimenta e rúcula, R$ 35,00). Ela gostou muito do requeijão empanado, embora não tenha gostado tanto do fato de ele escorrer pra fora do pão depois de "desempanado" pela mordida. A geleia de pimenta é um bom coadjuvante de sabor, com frutado e picância. Chris sentiu falta de uma versão menor do lanche, não conseguiu comer tudo. Também sentiu falta de garfo e faca: era muito lanche pra pouca boca. 
 
Não dá pra reclamar de miserê

Tá vendo só, não encaixa uma coisa na outra

    Minha escolha foi o Burguer nº 5 (burguer 150g, costela suína desfiada ao molho oriental, alface, tomate, maionese aioli, cheddar fatiado no pão australiano, R$ 28). Uma delícia a costela desfiada ao molho oriental (embora tenha vindo um pouco menos do que a foto no cardápio fazia crer). No fim o hambúrguer virou um acompanhamento da costela. A salada crua ajuda a equilibrar os sabores fortes do molho, da maionese e do cheddar. Eu achei o tamanho de bom tamanho!
 
O tamanho pode estar bom, mas a foto tá uma cerda

    Ainda acompanhamos com uma porção de batata rústica (R$ 20). Põe rústica nisso, padrão nenhum no corte, uns pedações e uns pedacinhos. Mas isso é até legal, porque algumas ficam bem crocantinhas, outras mais purezadas. Mas mesmo os pedaços maiores tinham uma crostinha legal por fora. Existem três sabores de sal, nós escolhemos de alecrim. Bem saboroso. 

Rusticidade, a gente vê por aqui

    A impressão que nos deu é que o Fred & Leo está, neste momento, mais focado no serviço de delivery. Deste modo, o atendimento presencial é simpático, mas falho. Demora para retirada dos pratos, falta de guardanapos, falta de talheres (ou ao menos de perguntar se desejávamos talheres), foram alguns dos problemas que encontramos. Foi por conta desses probleminhas, e também pelo fato de o lugar não parecer tão pronto para receber clientes presencialmente, que decidimos que não voltaríamos ao Fred & Leo. Mas, sim, naquele dia em que der vontade de comer um bom lanche, é uma ótima pedida para o IFood. Em casa, o problema da retirada dos pratos sujos permanece, mas ao menos somos nós mesmos os responsáveis pela decoração.

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):
 
Ambiente(2): 6 e 5
Serviço(2): 6 e 6
Entrada (2): 7 e 7
Prato principal(3): 7 e 7,5
Custo-benefício(1): 6 e 6
Média: 6,5 e 6,45
Voltaria?: Não e não

Serviço:
 
R. Francisca Maria de Jesus, 347 - Jardim Satélite - São José dos Campos - SP
Telefone: (12) 99659-8251
Site: https://linktr.ee/Hamburgueriafredeleo
Instagram: @hamburgueriafredeleo

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Cozinha do Parador (Lumiar, distrito de Nova Friburgo - RJ) - 28/03/2019

Perrengue pra chegar a um restaurante. Já tínhamos passado por isso na visita ao Babel, em Visconde de Mauá, que tinha uma estradinha de terra dura de passar. No caso da Cozinha do Parador a estradinha de terra até era boa, mas chovia e a falta de iluminação artificial e de indicações nos deixou às vezes sem saber pra onde ir. Mas chegamos sãos e salvos ao restaurante, que fica dentro da Pousada Parador Lumiar.

Fachada da pousada, e Chris como um vulto na escuridão

Um aparte: a gente sempre leva nossa câmera fotográfica (lembra, um artefato usado pra tirar fotos antes do celular?) quando vamos a algum restaurante que vai entrar aqui no blog, porque ela traz uma qualidade melhor, especialmente em ambientes com pouca luz. Mas nesse dia a máquina não estava querendo funcionar, de modo que as fotos foram feitas com celular, um pouco fora do padrão que gostamos.

Um silêncio absoluto reinava na pousada quando chegamos. Apenas uma pessoa na recepção, que nos indicou o restaurante, também tranquilo, com música ambiente bem baixinha. Éramos os únicos habitantes daquele reino, que se assemelhava a uma cozinha de fazenda. Ambiente escuro demais para o meu gosto, mas com um charme rústico. De dia deve ser mais bonito, com a mata e as montanhas ao redor, e o paisagismo da pousada. 

Fê e seu reino visto de dentro
Fê e seu reino visto de fora


A primeira alegria da noite foram os biscoitos de polvilho com ervas frescas que a casa oferece como cortesia. A água também fica disponível sem qualquer custo. A princípio foi uma alegria meio nervosa, porque sabendo que a pousada tem diárias que chegam a quatro dígitos, imaginamos que os valores dos pratos compensariam os "mimos" oferecidos.

"Sei sei, me dão isso pra depois me enfiar a adaga"

Para as entradas a Cozinha Parador apresenta seis opções de saladas, todas nomeadas em homenagem à PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) como "Capuchinha", "Beldroega" e "Vinagreira". Ponto negativo: as tais plantas não fazem parte dos ingredientes das saladas. Uma pena. Escolhemos a "Dente-de-leão" (mix de folhas com abobrinha crocante, muçarela de búfala e palmito grelhado, R$ 28). Tempero bem ácido, mas agradável, especialmente porque havia o contraponto do palmito e da muçarela, mais suaves. O palmito, que se prometia grelhado, veio quase cru. Adoramos as abobrinhas, fatiadas finamente, e bem crocantes. 

"É, se tá escuro tira a foto com flash, né cara?"

Nosso temor em relação aos preços dos pratos principais foi infundado. Foi reconfortante notar que quase todos custavam perto de cinquenta reais. Há opções para todos os gostos, desde mignon e carne seca até galeto, nhoque de beterraba, cremes e fondues. Nenhum deles chega aos três dígitos, sendo o mais perto disso o fondue de carne bovina, por R$ 98. O cardápio infantil, com pratos a partir de R$ 18, tem mais opções do que costumamos ver por aí.

Chris foi de medalhão de mignon com queijo gruyère ao molho de vitela ao vinho com mousseline de cará-moela e fricassê de funghi fresco (R$ 58). Um monte de coisa, então vamos por partes. A carne veio mal passada como ela queria, mas como era uma peça alta, alguns pedaços estavam crus. A mousseline tinha textura agradável, mas faltou tempero. Molho saboroso, que misturado ao fricassê de cogumelos foi a melhor coisa do prato.

"Mas flash é deselegante, fica uma coisa cafona, sem sutileza, olha isso"

Eu não resisti à menção à cerveja e escolhi a costela suína e crisp de tomilho com feijão azuki e bacon ao molho de cerveja black IPA (R$ 43). Embora eu tenha achado interessante o crisp de tomilho, a sensação de comer os galhinhos crocantes é um pouco estranha. O porco estava macio e saboroso, mas não consegui pegar uma característica da cerveja, nem mesmo no aroma. O feijão azuki estava com um defeito que achei que nunca fosse apontar: excesso de bacon. Roubou o sabor e deixou tudo muito untuoso.  

Desculpe, Senhor Bacon, prometo nunca mais reclamar de ti

Para adoçar a vida escolhemos a roulade de biscoff (enrolado com café, cacau, biscoito, creme inglês acompanhado de coulis de frutas vermelhas com capim limão, R$ 26). Apresentação simples e elegante. Achei bem agradável, com o café bem sutil (Chris queria menos sutileza) e alguma crocância em algumas mordidas, quando vinha o biscoito. O coulis complementava bem os sabores, mas achei que veio pouco. E hortelã, um chavão pra trazer frescor a doces, é chavão porque funciona. Eu gostei bastante, e achei até que poderia vir mais. Chris não se empolgou tanto.

Roulade de biscoff, puta nome chique

O garçom foi praticamente nosso mordomo durante toda a noite. Outro casal só apareceu quando já estávamos pagando a conta. Claro que o serviço acabou sendo quase perfeito. Não obstante, já aconteceu outras vezes de estarmos sozinhos e mesmo assim sermos mal atendidos, portanto ponto para a casa. O rapaz era bem novo, um pouco travado, com alguma formalidade excessiva, mas eficiente. Os pratos chegaram rápido, e a cerveja estava em boa temperatura. Não há muito do que reclamar.

Perceba que não fomos muito enfáticos nos elogios aos pratos principais, que são normalmente o que nos faz voltar a um restaurante. Mas mesmo assim ambos concordamos que o Cozinha Parador mereceria um retorno. Talvez tenha sido um dos melhores custo-benefícios desde que começamos o blog. Um prato com um medalhão de mignon como o da Chris dificilmente fica abaixo de oitenta reais em nossas experiências prévias. E o meu, com ingredientes mais baratos porém diferenciados, não sai por menos de sessenta reais em geral. Os preços, aliado à vontade que ficamos de provar outros pratos (como o risoto de papada suína ou a tortelline de urtiga) foram os fatores decisivos dessa decisão - e que esse retorno, se vier, seja num dia ensolarado para podermos apreciar o ambiente e enxergar melhor o que comemos.

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 6
Serviço(2): 8 e 8
Entrada(2): 7 e 8
Prato principal(3): 6 e 6,5
Sobremesa(2): 6 e 8
Custo-benefício(1): 7 e 8
Média: 6,75 e 7,29
Voltaria?: Sim e sim

Serviço:
Estrada do Amargoso, s/n – Boa Esperança - Lumiar (Distrito de Nova Friburgo) - Rio de Janeiro
Telefone: (22) 2542 4777 / 2542 4774
Whatsapp: (22) 99279 8282
Site: http://paradorlumiar.com/gastronomia
Facebook (da pousada): https://pt-br.facebook.com/ParadorLumiar/