segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Quintal das Letras (Paraty - RJ) - 18/11/2016


Os mesmo donos do restaurante Quintal das Letras, em Paraty, possuem também a Pousada Literária e a Livraria das Marés, na mesma cidade e na mesma rua. Em um pedaço de Brasil tão poético como Paraty, associar o seu empreendimento à literatura parece ser uma escolha das mais acertadas. Em mais uma visita que fizemos à cidade, decidimos conhecer esse restaurante, que além do belo nome tinha também boas referências em guias e na internet.

Chris adicionando um verso à poesia de Paraty

Como não poderia deixar de ser - em se tratando de Paraty - o restaurante fica instalado em um casarão histórico. Deixar as três portas bem abertas é uma decisão inteligente dos proprietários, já que seria um desperdício um restaurante todo fechado em uma cidade tão charmosa. Nos instalamos bem pertinho da saída, para não perdermos a privilegiada visão das ruas de pedra. O restaurante aproveita bem o seu espaço, que não é tão grande, fazendo uso de um mezanino e de um pequeno corredor lateral - que só agora descobri que é ao ar livre. Desse modo as mesas não precisam ficar tão próximas umas das outras. Os tons de marrom predominam, já que a decoração é quase toda em madeira. O ambiente, se não chega a ser informal, também não tem nada de sisudo.

Para mim, a visão da Chris e de Paraty...

...para a Chris, a visão de mim e do restaurante. Me dei melhor!

Como um chamego é sempre bem vindo, ficamos felizes com o pequeno copo de gaspacho que cada um de nós recebeu de brinde enquanto ainda escolhíamos nossa entrada. Para quem não sabe, é uma sopa fria, normalmente feita de tomate. Pouco depois de nossa chegada entreouvi um cliente reclamando ao garçom da falta de sal no prato que ele havia comido. Não consegui descobrir qual era esse prato, mas a julgar pelo gaspacho a reclamação parecia improcedente. Estava bem temperado, até com alguma picância. Chris não gostou tanto, mas foi mais por causa da consistência da sopa fria.

Chameguinho bem-vindo

Não chega ao número de títulos brasileiros do Palmeiras (cinco, tá?) as vezes em que aceitamos o couvert em algum restaurante. Mas o deste aqui era irresistível. Confira: pães variados, pannacotta de palmito pupunha com cubinhos de tomate e alho negro, pastinha de cream cheese com jabuticaba e manteiga com flor de sal (R$ 28 para duas pessoas). Isso porque, na descrição do cardápio, não consta a telha de pão de queijo, que é como se fosse um pão de queijo na forma de uma torrada bem fina. Uma delícia, e muito prático para abdicar da faca e usá-lo para se servir. A pannacotta estava com uma textura agradável e bom tempero, suavizado pela presença do alho negro e do tomate, que dão uma adocicada no sabor. Nenhum de nós curtiu muito a manteiga com flor de sal, que acaba sendo tão somente uma manteiga bem salgada. Já o cream cheese de jabuticaba tinha um grande defeito de vir em pouquíssima quantidade. Ou seja: sobrou manteiga e faltou cream cheese em nossa experiência. Mas os pães eram gostosos e a apresentação, belíssima.

Fotos oblíquas denotam o talento do fotógrafo

Apesar de já termos comido o couvert, claro que não poderíamos abdicar de mais uma entradinha. Entre algumas opções interessantes - como a barriga de porco pururuca servida com caramelho de shoyu e laranja, farofa da Graúna e chantily de feijão (R$ 28) - acabamos escolhendo o crab cake Vale do Paraíba (bolinho de siri com arroz negro, coulis de açaí e degustação de pimentas, R$ 29). O que nos atraiu foi o bolo feito com carne de siri e arroz negro e, claro, a inusitada degustação de pimentas. São elas, por ordem de picância: biquinho, bodinho e cumari. A idéia é experimentar o bolinho junto com as pimentas, seguindo o grau de ardência. A idéia é muito boa, e o resultado é interessante, mas não pudemos deixar de notar que, sem as pimentas, o bolinho carecia de um pouco mais de tempero. Também fiquei curioso para experimentar o coulis de açaí, mas ele parecia uma sujeira no prato, e não algo para ser experimentado. Com consistência muito firme, e pouca quantidade, ele grudou na louça, e não conseguimos sentir seu sabor. Uma pena. No fim das contas gostamos mais da criatividade do que propriamente dos sabores da entrada.

Muita poesia e pouca prosa

Há duas seções no cardápio de pratos principais: "do mar para mesa" e "do campo para mesa". A primeira tem duas páginas, a segunda apenas uma. Nada mais justo em uma cidade litorânea. Os pratos são todos individuais, e poucos ficam abaixo dos R$ 70. Pratos com camarões são os mais caros, chegando perto dos R$ 100, enquanto o nhoque de batata baroa é listado por R$ 62. Talvez o cardápio pudesse ser mais criativo nos nomes das criações, usando de referências literárias para fazer jus ao nome do lugar. Mas há títulos curiosos, como "risoto de polvo malandrinho" (que eu quaaase pedi) e "bacalhau pensado na cama".

Por falar em nomes curiosos, Chris escolheu o peixe Maria Panela (peixe assado com ervas, cebolas, azeite e vinho branco, com batatas crocantes, alho negro, alecrim e flor de sal, R$ 88). O peixe que veio à mesa foi o robalete, que, como se pode supor, é uma versão menor do robalo. Apresentação bonita, com o peixe recheado, servido quase inteiro, sem cabeça (e supostamente sem espinhas) com as batatas ao lado. Como os parênteses ao lado entregam, a Chris encontrou uma malfadada espinha no peixe, o que é sempre reprovável. Outra coisa que ela reprovou foram os alecrins servidos frescos e inteiros, que ela inadvertidamente confundiu com espinhas em alguns momentos. Quanto ao sabor, a princípio ela até gostou, mas achou enjoativo com o tempo, com sabor de vinho muito intenso. Outro problema foi que, quando provado sozinho, o peixe estava sem sal - provavelmente foi esse o prato que o outro cliente pediu e encontrou o mesmo defeito. Mas se salvaram as batatas, que ela gostou bastante.

Assim assim...

De minha parte escolhi o mexidinho do mar (camarões, lulas e polvo com risoto de arroz negro, cubinhos de tomate e de palmito pupunha, R$ 96). A apresentação não tem muita sofisticação, como já indica o nome do prato. Achei que o molho tinha sabor forte demais, complicado de se comer em separado. Mas em conjunto com o arroz negro ficava mais harmonioso. A consistência do polvo e dos camarões estava perfeita, mas achei a lula um pouco borrachuda, além de cortada em pedaços irregulares, alguns muito grandes. Trata-se de um prato intenso, para fortes, o que talvez não fosse meu caso nessa noite.

Ai, quanta intensidade...

Para a sobremesa a Chris deixou a escolha em minhas mãos, e eu estava bem propenso a pedir o pot-pourri Frederic de Maeyer (torta de cupuaçu com aipim e coco, tarte tartin com especiarias e pannacotta de iogurte e chocolate branco, compota de banana e maracujá, R$ 34). Parecia um bom apanhado do que o chef Frederic (que comanda o restaurante Eça, no Rio de Janeiro) é capaz de fazer em termos de sobremesas. Mas, por conta de nossa refeição ter sido bem farta, com couvert, entrada e prato principal, achei que o pot-pourri seria demais para nós, e acabei escolhendo o trio de crème brûlée (chocolate, fava Tonka e frutas vermelhas, R$ 29). Apresentação simples mas bonita. O crème brûlée tem aquele açúcar queimado por cima, mas achamos que os de chocolate e de fava Tonka estavam com o açúcar queimado demais. Chris achou o sabor do de chocolate muito parecido com o do pudim que ela compra no supermercado. Ambos gostamos mais da opção com frutas vermelhas, que estava mais gostosa e equilibrada, com o açúcar menos queimado. Outro ponto positivo, dos três, é que o açúcar não estava muito duro, e era fácil de cortar, ao contrário do que já nos aconteceu até mesmo no Olympe, no Rio de Janeiro.

Um trio de três para uma dupla de dois

Começamos nossa refeição com uma cerveja de Paraty, a Caborê Pilsen (R$ 19). Já conhecíamos a cerveja de nossas outras visitas à Paraty, e não tínhamos gostado muito, mas resolvemos dar mais uma chance. Mas ela continua um pouco insossa. Terminamos nossa refeição com água, que essa não tem erro.

Os garçons se mostraram muito atenciosos, e conhecedores do cardápio. Aquele que nos atendeu recitava de cor os ingredientes dos pratos, sem precisar "colar", e demonstrava entusiasmo ao falar das opções da casa. Ao final ele perguntou o que tínhamos achado da refeição e Chris fez a mesma reclamação do outro cliente sobre a falta de sal. Sua resposta foi a mesma: "é que nosso chef não gosta de carregar muito no sal". Bem, na mesma noite o chef recebeu duas reclamações iguais, então talvez seja o caso de rever os preceitos. Senão, de que serve perguntar aos clientes o que acharam? Também sentimos uma pequena demora para a entrega dos pratos principais, mas nada que chegasse a incomodar muito. Para finalizar as queixas, bem que poderiam ter nos avisado que o corredor lateral é ao ar livre, já que do lado de dentro não dá para perceber esse diferencial da casa.

Começamos a refeição muito bem impressionados com o gaspacho de cortesia, com o couvert extremamente bem apresentado e com a entrada criativa. Também ficamos felizes com o atendimento atencioso, bem instruído e dedicado. Mas os pratos principais nos decepcionaram um pouco. Acho que foi por conta disso que chegamos à conclusão que não voltaríamos ao Quintal das Letras. Em nossas futuras visitas à Paraty - e elas acontecerão, porque amamos a cidade - daremos oportunidades a outros restaurantes. Mas, quem sabe um dia, quando estivermos visitando a Livraria das Marés, do mesmo dono, poderemos sentir o cheiro da comida ao lado e nos animarmos a voltar. Afinal, como diria Nietzsche, de quem a Chris não gosta mas com quem há de concordar, "não há fatos eternos como não há verdades absolutas".

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 8
Serviço(2): 8 e 8,5
Couvert(2): 7 e 8,5
Entrada(2): 7 e 7,5
Prato principal(3): 6 e 6,5
Sobremesa(2): 6,5 e 6,5
Custo-benefício(1): 5 e 7
Média: 6,42 e 7,46
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Rua do Comércio, 58 - Centro Histórico - Paraty - Rio de Janeiro
Telefone: (24) 3371-2616
Site: http://www.pousadaliteraria.com.br/gastronomia/quintal-das-letras1.htm















sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Outback (São José dos Campos - SP) - 08/11/2016


Por boa parte da minha vida eu achei que o restaurante Outback fosse australiano. Só recentemente descobri que a rede tem origem nos Estados Unidos e homenageia, em seu nome e em sua decoração, a região homônima da Austrália. Americanos são mesmo bons nesse negócio de ganhar dinheiro. Hoje já existem 83 lojas só no Brasil. E garanto que, se você estiver lendo isso de noite, todas elas estarão cheias de gente neste momento. Aliás, é comum ter que esperar para conseguir uma mesa. Eu e Chris já fomos preparados para isso, mas como chegamos cedo, por volta das 19 horas, conseguimos uma imediatamente. Às 21 horas, quando saímos do restaurante e tiramos a foto abaixo, já havia bastante gente esperando por um lugar.

Essa é a entrada na hora da nossa saída, entendeu?

Fomos acomodados em uma mesa no canto, bem pertinho do banheiro, com sofá de um lado e cadeiras do outro. Prontamente tivemos a visita do garçom Leonardo, que se apresentou e disse que nos serviria naquela noite. Esse contato pessoal do garçom com o cliente é uma tradição da rede. O restaurante tem ambiente à meia-luz, e o salão é bastante amplo, com belas fotos de paisagens australianas nas paredes. Mas quando eu disse que a iluminação é branda, não imagine um jantar romântico. A atmosfera é muito mais de bar, com as pessoas falando alto, muitas delas turbinadas pela promoção chamada Billabong Hour, em que as bebidas alcoólicas são servidas pela metade do preço (de segunda à sexta, das 17 às 20 horas). Em resumo: o lugar é barulhento, e é bom saber disso antes de ir.

À meia-luz, mas sem clima de romance

Nosso cafofo no Outback, e no quadro uma foto de um coração australiano

A primeira atitude de Leonardo foi nos trazer o couvert, um pão australiano servido com manteiga e com faca (veja a foto e entenda). Trata-se de um agrado do Outback, que não é cobrado, e ajuda a dar uma amenizada na fome, especialmente para quem teve que esperar por uma mesa. Não era nosso caso, mas estávamos com fome e devoramos rapidamente o gostoso pãozinho com manteiga.

Ai, quanta violência...

Existem oito opções de aperitivos no cardápio, algumas delas bem interessantes, como o Gold Coast Coconut Shrimp (camarões empanados com coco ralado e molho Marmelade, R$ 46,95). Mas para nós já estava claro o que iríamos pedir: a famosa e icônica Bloomin` Onion (R$ 45,45). Para quem não sabe, trata-se de uma cebola grandona empanada, servida com as pétalas abertas e com um molho picante. O dono de um steak house em New Jersey (EUA) diz ter inventado o prato na década de 1970 (assim diz o Wikipédia em inglês), mas certamente foi o Outback que o popularizou. Um canal de vídeos no You Tube chamado "Ana Maria Brogui" ensina a fazer o prato (clique aqui para ver), e eu já me arrisquei algumas vezes a tentar reproduzir. Não ficaram ruins minhas tentativas, mas nem se comparam à versão original, em que as pétalas de cebola se soltam facilmente, o empanado é crocante e não se esfarela, e o molho é picante na medida certa. Aliás, quem não gosta de pimenta não deve se aventurar, já que o próprio empanado também possui alguma ardência, mesmo sem o uso do molho.

A Chris sorri porque finalmente vai experimentar a cebola bem feita

Embora seja comumente lembrado como um lugar para tomar chopp com os amigos e se entupir de porções e afins, o Outback é, sim, um restaurante, e seu cardápio prova isso. Há opções de massas, peixes, frangos, sopas, saladas e, claro, os famosos steaks que são a marca da casa. Existe uma seção do cardápio chamada "Favoritos para compartilhar", mas fora isso todas as opções são individuais . Os pratos de massa estão entre os mais baratos, custando menos de R$ 50 cada. Os peixes e frangos também são opções mais em conta, sendo o mais caro o South American Salmon (salmão com molho Remoulade, R$ 55,95). Todas as opções de proteína permitem ao cliente escolher um acompanhamento, entre dez disponíveis. Também é possível escolher acompanhamentos extra, por R$ 23,95 cada. Entre os acompanhamentos há diversos tipos de arrozes, além de batatas fritas, purês e legumes. Uma coisa curiosa é que vários dos nomes dos pratos fazem referências à Austrália, usando de termos geográficos (golden coast), da fauna (wallaby), do cinema (the mad max), entre outros.

Para ficarmos com a especialidade da casa, eu e Chris acabamos optando por steaks. Na página dedicada a eles no menu, há também as opções de ponto da carne disponíveis: bem passada, ponto para bem passada, ao ponto, ponto para mal passada e mal passada. Ao lado de cada opção há uma foto e um pequena descrição das características de cada ponto. Muito instrutivo e útil.

Sou forçado a confessar que não fui eu que tirei esta foto, peguei da internet

No dia de nossa visita, cada pedido de steak dava direito a uma balsamic green salad, cujo nome bonito se traduz em folhinhas de alface, com tomate e cebola, temperados com vinagre balsâmico. Esse mimo não é algo permanente, tanto que estava indicado com um adesivo colado no cardápio. Sendo assim, iniciamos nossa refeição com as simpáticas saladinhas.

Balsamiquinha greenzinha saladinha

Entre os steaks, Chris escolheu o The Outback Special® (miolo de alcatra de 325g na chapa, com tempero Outback, R$ 61,95). Chris pediu ao ponto para mal passada, e como acompanhamento ela escolheu o harvest brown rice (arroz integral com lentilha e castanha). O ponto da carne veio perfeito e, embora isso pareça obrigação, é uma raridade em nossas experiências gastronômicas. Chris gostou muito do arroz, levemente adocicado, que fez um bom contraponto à carne, com tempero ligeiramente picante. Pena que a carne tinha alguns pedaços bem "nervosos", o que prejudicou um pouco a experiência.

Carne ligeiramente nervosa

Minha escolha foi o The Porterhouse (corte de t-bone com cerca de 500g, na chapa, R$ 71,95). Como acompanhamento escolhi as homemade golden potatoes, uma batata grande, cozida e depois frita, servida com casca e cortada em quatro pedaços. A batata estava uma delícia, crocante e com tempero suave. O t-bone tem uma pequena parte de filé mignon e uma parte maior de contra filé. Infelizmente a parte do contra filé tinha, assim como na carne da Chris, pedaços com bastante nervo. Tirem as crianças da sala e me perdoem o palavreado forte, mas eu tive que regurgitar um naco que já estava na minha boca, porque estava impossível mastigar (acho que a Chris nem viu, e se viu, fingiu que não viu). Também achei que ela chegou à mesa um pouco fria. Isso posto, a carne estava com tempero agradável, e a parte de filé mignon estava bem macia - mas aí é moleza, né?

As batatas ganharam do t-bone

Não tinha muitas esperanças em relação à sobremesa no Outback. Achava que seriam opções genéricas, daquelas bem básicas. Mas até que a casa me surpreendeu, apresentando cinco opções que tentam fugir do óbvio, ao menos na descrição, como a Lajotinha Magma Cake (R$ 18) que, citando ipsis litteris o cardápio, é um "intenso bolo quente de chocolate com pedaços de Lajotinha Kopenhagen, servido com sorvete de baunilha, morango e nossa calda de caramelo". Convenhamos, parece a descrição de um petit gateau, não? Acabamos pedindo o "Chocolate Thunder From Down Under" (eles são bons para dar nome!), que é um brownie encimado por sorvete de baunilha e chantilly, com calda e raspas de chocolate (R$ 27,95). A porção é generosa, e mesmo já estando bem satisfeitos conseguimos comer tudo, já que estava uma delícia. Não sou grande fã de chantilly, e tive medo de a mistura ficar enjoativa, mas a proporção de doçura foi perfeita.


Taí o "trovão de chocolate de lá de baixo"

Não há outra palavra para descrever o serviço do Outback: impressionante. Com o salão gigante abarrotado de gente, parecia que só eu e Chris estávamos no restaurante. Leonardo, o garçom responsável por nossa mesa, estava por perto o tempo todo, e muitas vezes se antecipando às nossas demandas, como no momento em que trouxe mais molho picante enquanto comíamos nossa cebola de entrada. Também se mostrou atencioso quando veio avisar que a Billabong Hour, que dá desconto no preço das bebidas alcoólicas das 17 às 20 horas, estava para acabar. Outro ponto a favor do serviço são os pequenos agrados, como o couvert de cortesia e a saladinha antes dos pratos principais (embora o preço cobrado justifique os "presentes"). Digno de nota, ainda, o fato de nossas carnes terem sido servidas exatamente no ponto em que desejávamos. E, para terminar os elogios, o tempo de espera entre cada prato foi perfeito, o que nos fez imaginar a loucura que deve ser a cozinha do lugar. Mas uma loucura repleta de organização, certamente. Ao final não demos nota máxima para o serviço, provavelmente porque o treinamento dos garçons, que certamente é de excelência, talvez os faça perder um pouco da espontaneidade e da "magia", que é aquele algo a mais que transforma uma nota 9 em nota 10.

Acompanhamos as nossa refeições com alguns chopps Brahma que, graças à citada Billabong Hour, saíram por R$ 4,97 a caneca de 340ml (o preço normal é R$ 9,95). Há também uma pequena carta de vinhos e algumas opções de cervejas long neck nacionais e importadas.

Esse já foi

Os preços do Outback não são exatamente baratos, mas ao final da refeição consideramos o custo-benefício bom, uma vez que as porções são bastante fartas e a qualidade da comida é satisfatória. Saímos de lá com couvert, três chopps de 340ml cada um, entrada, prato principal, sobremesa e uma água no bucho, e foi baseado nisso tudo que demos nossa nota nesse quesito. Na hora de responder à pergunta sobre se voltaríamos ou não ao restaurante, ambos concordamos que é um excelente lugar para tomar chopp e comer aperitivos, exatamente o que a maioria das pessoas faz, e que voltaríamos para algo assim. Não é espanto notar, portanto, que as notas referentes aos pratos principais estão entre as piores, tanto na minha avaliação quanto na da Chris. Mas voltar para comer aquele cebola e tomar um chopinho...só se for agora!

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 6
Serviço(2): 9 e 9
Entrada(2): 8 e 8
Prato principal(3): 7 e 6,5
Sobremesa(2): 7 e 8
Custo-benefício(1): 8 e 7
Média: 7,58 e 7,37
Voltaria?: Sim e sim

Serviço:
Centervale Shopping - Avenida Deputado Benedito Matarazzo, 9403 - Jd. Oswaldo Cruz - São José dos Campos - São Paulo
Telefone: (12) 3911-3220
Site: https://www.outback.com.br/home/
Facebook: https://www.facebook.com/OutbackSteakhouseSaoJosedosCampos/