segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Mar del Plata (Santos - SP) - 25/08/2017



Estávamos hospedados na praia de José Menino, e rodamos oito quilômetros pela bela orla santista para chegar ao Mar del Plata, que fica na Ponta da Praia. Instalado em meio a prédios residenciais, o restaurante se destaca na paisagem com suas janelas de vidro que deixam entrever seu salão. Em frente, cargueiros gigantes passam pra lá e pra cá no movimentado Porto de Santos. A casa está no mesmo lugar desde 1992, e esses 25 anos serviram para torná-la uma das mais tradicionais mesas da cidade.

Eu adorei o salão, bem iluminado, com os móveis e objetos em tons claros, espelhos em todas as paredes, fazendo o lugar parecer maior do que é, mas sem perder a sensação de intimidade. Para realçar ainda mais essa característica, confortáveis sofás encostados às paredes - onde, claro, nos acomodamos. Chris também gostou, mas não tanto quanto eu. Acho que é tão raro encontrar um salão bem iluminado que me deixei levar pela empolgação. Segundo o site, houve uma grande reforma em 2010, e sete anos depois é incrível como tudo parece novo.

Incrível como parece novo (o lugar, não o rapaz)

Ói nóis lá no espelho lá lonjão, ó lá!

Quase todas as opções de entrada são aquelas porções típicas que se encontra em bons quiosques de praia: isca de peixe, camarão à paulista, marisco ao vinagrete, lula ao alho e óleo, entre outras. Como não tínhamos areia sob nossos pés nem sol sobre nossas cabeças, optamos por algo mais singelo: casquinhas.

Chris escolheu a casquinha de siri especial (R$ 19). Não sabemos o porquê do adjetivo "especial", já que não havia a casquinha "não-especial". Fato é que a Chris achou a casquinha gostosa, com bastante gosto de siri. Outro ponto positivo é que não foram encontrados aqueles pedacinhos da casca do siri, que são bem desagradáveis. Mas ela achou que faltou uma porradinha a mais no tempero.

Uma porradinha cairia bem

Para mim a pedida foi o coquilles del mar (R$ 21), assim meio afrancesado, meio espanholado, mas que nada mais era do que a casquinha com vários frutos do mar (polvo, lula e camarão). Estava bonita, cremosa, saborosa e com todos os ingredientes no ponto certo. Não há muito mais o que pedir de uma casquinha.

Não posso pedir nada mais de você, coquille del mar
  
Sempre critico cardápios muito extensos, porque acho muito difícil que um restaurante possa manter a qualidade e a excelência em uma quantidade muito grande de pratos. No Mar del Plata as opções passam de oitenta, sendo que a maioria, claro, é focada em frutos do mar. Ainda bem que não tivemos que escolher, pois já fomos ao lugar sabendo o que escolheríamos: a meca santista, o prato típico da cidade.

No ano de 2005 um concurso promovido pela prefeitura, em conjunto com a Unisantos (Universidade Católica de Santos), escolheu os ingredientes que mais representam Santos. Deu meca, banana e palmito pupunha na cabeça. A partir dessa eleição o chef Rodrigo Anunciato criou o prato, que traz dois filés de meca, risoto de palmito com cenoura ralada e farofa de banana com bacon. Claro que é mais legal quando um prato espontaneamente se torna a cara de uma cidade ou região, mas acho válida a iniciativa da prefeitura, que certamente é boa para o turismo. Hoje a meca de fato se tornou uma tradição da cidade, e é servida em vários restaurantes.

No restaurante Mar del Plata a versão "inteira" custa R$ 189. Segundo o garçom ela serve até três pessoas, por isso escolhemos a versão "meia" (R$ 158, numa matemática que não faz muito sentido, mesmo se levarmos em conta que restaurantes costumam cobrar 70% do valor nas versões "meia", o que daria R$ 132,30). A refeição vem em uma travessa, que é servida pelo garçom nos pratos dos clientes. Como pedimos a versão reduzida, ganhamos apenas uma camarãozão, que foi dividido em dois. Mesquinharia, né? O peixe estava gostoso, embora pudesse se valer de um pouco mais de sal. Tem consistência bem firme, e quando é cortado chega a parecer um peito de frango. O arroz estava soltinho e saboroso, com o palmito pupunha bem macio. A farofa estava agradável, molhadinha pela presença da banana e também pela gordura do bacon. Mas é inegável que o prato é seco. Falta umidade, que a farofa não é capaz de proporcionar - aliás, muito ao contrário. Talvez se o risoto fosse feito com arroz arbóreo o resultado seria melhor. Mas ao final eu gostei, achei que houve mais qualidades do que defeitos, ao contrário da Chris. 

Tudo tão farto e um camarãozão só, poxa

Dois ícones de Santos: a meca santista e ao fundo as muretas brancas

O ideal seria pularmos esse parágrafo referente às sobremesas, mas não podemos, em nome do bom jornalismo. Dentre as opções disponíveis, perguntamos ao garçom quais eram efetivamente feitas no restaurante. Apenas duas, ele nos disse: o manjar e o pudim de leite (esquecemos de anotar o preço, mas custam em torno de R$ 10 cada). Chris ficou com o manjar, que foi feito com cravo, o que a desagradou bastante. Embora seja até comum o manjar ser feito com cravo, ela achou que a calda estava com gosto excessivo da iguaria, o que atrapalhou a apreciação. Eu fiquei com o pudim de leite que estava, para ser direto, medíocre. Até que veio com bastante calda, mas o pudim em si carecia de doçura.

Não chegou a ser um manjar dos deuses

Como direi? Medíocre

Os garçons, aparentemente, tem bastante tempo de casa. Isso às vezes se reflete em conhecimento do cardápio, jogo de cintura e agilidade. Noutras em um certo relaxamento, como se o jogo já estivesse ganho, ou tivesse perdido a graça. Tanto as qualidades quanto os defeitos de uma brigada antiga estão presentes no serviço do Mar del Plata. O garçom que esteve conosco na maior parte do tempo parecia tão à vontade na sua função que chegava a parecer desinteressado em alguns momentos. Mas não tivemos problemas maiores em relação ao tempo de espera entre os pratos nem demora para sermos atendidos - até porque éramos os únicos comilões durante boa parte da noite.

Imagine pedir um prato unitário, composto de arroz com palmito e cenoura, farofa de banana e bacon, dois filés de peixe e meio camarão por R$ 78. Caro, né? Pois dividindo o valor do prato pra dois, esse é o preço que se paga pela meca santista no Mar del Plata. A relação custo-benefício sai bastante machucada, mesmo sendo a meca um peixe relativamente caro. Talvez estando em três, ou até quatro, e pedindo o prato completo por R$ 189, essa relação pode melhorar. Mas não foi nosso caso. Esse foi o principal motivo de ambos concordarmos que não voltaríamos ao Mar del Plata. Como bons turistas que somos, realizamos nossa "obrigação" de comer o prato símbolo da cidade, e não nos arrependemos. Foi bom enquanto durou, meca santista. Um dia, quem sabe, voltamos a nos encontrar. 

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 6,5 e 8
Serviço(2): 6 e 6,5
Entrada(2): 6,5 e 8
Prato principal(3): 5 e 7
Sobremesa(2): 4 e 4
Custo-benefício(1): 4 e 6
Média: 5,33 e 6,66
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Av. Alm. Saldanha da Gama, 137 - Ponta da Praia - Santos - São Paulo
Telefone: (13) 3261-4253
Site: http://restaurantemardelplata.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/restaurantemardelplata/

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Catalina (Santos - SP) - 24/08/2017



Era caso de ter perguntado pra algum funcionário. Agora estou aqui a começar a escrever o texto sobre o restaurante Catalina, sem saber porque ele tem esse nome. Descobri que é uma região do estado americano do Arizona. Também é o nome de um conjunto habitacional em Belém do Pará. E também pode ser nome de gente, como uma variação de Catarina. Como a chef e proprietária se chama Vera Corrêa de Castro, só se for homenagem pra alguém. Mas o fato importante para começar esse texto é que adoramos a fachada cheia de verde e as mesinhas dispostas na varanda. Localizado no gostoso bairro do Gonzaga, nada melhor do que ficar do lado de fora para ver a vida passando.


"Viver é afinar um instrumento/ De dentro pra fora...

...de fora pra dentro"

Antes mesmo de recebermos o cardápio já fomos mimados com duas taças de espumante - uma excelente maneira de dizer boa noite. Claro que nos instalamos nas mesas externas, mas fomos dar uma sapeada na parte de dentro, que embora pequena tem as mesas dispostas com boa distância entre elas. Paredes de tijolos à vista e na decoração algumas obras de arte amealhadas pela proprietária em suas viagens. Chama a atenção uma colombina em papel machê decorando uma das mesas internas, comprada de um artista em Ilhabela. A casa também conta com um salão no primeiro andar, com música ao vivo aos finais de semana. E as torneiras do banheiro são demais!

Mima qui nóis gama!

Parece uma casa, não é?

A torneira legal pacaceta

Há bastante tempo decidimos não pedir salada como entrada. Em geral elas são pouco inventivas e acabam não demonstrando nenhum predicado da cozinha do lugar. Nos sobraram, então, quatro opções de entrada: carpaccio de carne; tartar de salmão e abobrinhas; casquinha de abadejo;  polenta com shitake e gorgonzola ao gratin. Chris deixou a escolha nas minhas mãos e optei pela polenta (R$ 38), fã de gorgonzola que sou. Apresentação bonita, em um prato fundo, com o amarelo brilhante e os cogumelos queimadinhos contrastando. Gostamos do conjunto, mas sem a presença do queijo e do shitake a polenta estava sem sal. Já os cogumelos estavam deliciosos, dava pra sentir o gostinho de queimado da panela.

A polenta e seus amiguinhos

Para os pratos principais o cardápio se divide entre "Massas", "Cozinha do mar" e "Cozinha da terra". Havia também pratos extras, presos com um clip ao menu, com a alcunha de "Sugestão da chefa". Os pratos são individuais, e os preços variam dos 42 reais do mezza luna (massa recheada de gorgonzola e pera) até os 97 reais do carré Casablanca (carré de cordeiro com risoto de brie e damasco). As opções são fartas e variadas, abarcando boa parte da riqueza da cozinha mediterrânea.

Antes de nossos pratos principais recebemos mais um pequeno mimo da cozinha, uma salada de folhas verdes com um molhinho de mostarda. A mostarda do molho poderia ser mais sutil um bocadinho, mas gostamos do mimo.

"Mais mimo? Qui ceis tão querendo cum nóis, meu?"

Chris resolveu enfiar o pé na Itália (já que o país é uma bota...desculpe, foi inevitável!), e escolheu o risoto di zucca e gamberi (R$ 68). Se seu italiano não está em dia, este blog traduz pra você: risoto de abóbora e camarão. Não sabemos o que mais chamou a atenção de cara: a quantidade absurda de comida ou a beleza da apresentação. Acho que as duas coisas ao mesmo tempo. Uma boa quantidade de risoto, mais as duas metades de uma mini-moranga encimadas por mais risoto e mais camarão, apresentados sobre uma belíssima, e gigante, travessa azul. Aquela louça, estamos certos, não tinha uma etiqueta escrito "prato" quando foi comprada. A abóbora tinha um queimadinho gostoso por baixo, e uma textura agradável. Cada ingrediente, em separado, estava muito saboroso, e o conjunto harmonioso. Os camarões estavam no ponto certo, e o risoto cozinhou um pouco a mais. Mas o excesso acabou sendo um defeito, e Chris não conseguiu comer tudo. 

É pouco, qualquer coisa como as flores ali que são da mesma cor

Num dianta fazer charme que não vai dar conta

Eu escolhi o prato de que mais tinha tido referências em sites e blogs, enquanto pesquisava sobre o Catalina: o Cordeiro Imperial (cordeiro ao forno com grão de bico, feijão branco, ervilha torta e shitake, R$ 68 - a harmonia do casal é tanta que só agora percebi que escolhemos pratos com o mesmo preço). Quanto à apresentação e quantidade de comida, replique-se tudo que foi dito sobre o prato da Chris. Quanto às qualidades gastronômicas, o cordeiro estava macio, com a parte de fora trazendo um queimadinho delicioso (é o terceiro elogio que faço aos "queimadinhos", o que leva a crer que seja uma característica da chef). O molho tinha boa textura e sabor, e até poderia vir em mais quantidade. As ervilhas tortas estavam amargas, não me agradaram - embora tenham papel importante na apresentação. O grão de bico e o feijão eram saborizados pelo molho, e ajudavam a dar crocância ao prato. A junção de sabores me causou estranheza a princípio, mas depois me acostumei e me esbaldei. Até comi quase inteiro o gigantesco pedaço da perna do cordeiro.

Cordeirinho gordo esse!

"Vou fazer o possível"

Aí chegamos ao grande problema dos restaurantes brasileiros (como se conhecêssemos os de fora): as sobremesas. É quase sempre a mesma ladainha, sem inventividade alguma. Tentamos sempre escolher o que de mais diferente há, e no caso escolhemos o salaminho de chocolate à Catalina (com amêndoas e sorvete de creme, R$ 18). Acabo de ver a foto do cardápio, e notei que bobeamos em não reclamar do fato de que a descrição do prato trazia "calda de frutas vermelhas", mas o que recebemos foi cobertura de chocolate mesmo. Caldas à parte, a sobremesa não estava ruim, o salaminho é como se fosse um biscoito de chocolate recheado com amêndoas, e o sorvete de creme era um sorvete de creme, sabe? Então era bom, mas nada de mais.

"Cadê nossa calda de frutas vermelhas?"

O serviço talvez tenha sido o ponto alto da noite, juntamente com o ambiente - a começar pelo efusivo boa noite representado pelas duas tacinhas de espumante. Tentamos não nos deixar levar pelo afago, e manter a seriedade de nossa avaliação. Mas o fato é que o garçom que nos atendeu era simpático, prestativo e sabia aguardar nossas demoradas indefinições sem pressionar, mas também sem nos abandonar. Adoramos quando esse equilíbrio acontece. O tempo da cozinha para a entrega dos pratos também foi sempre perfeito, ajudado pelo fato de o restaurante estar bem tranquilo.

Ao fim da experiência, ambos concordamos que a mistura de bom atendimento, ambiente agradável e comida farta nos faria retornar ao Catalina. Provavelmente em uma segunda oportunidade nem pediríamos entrada, para dar conta de comer todo o prato principal. Também dispensaríamos a sobremesa. É isso: se aconchegar em uma mesinha na varanda, com um prato principal pra cada um. Se possível com uma garrafa inteira daquele espumante de cortesia...

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 8 e 7,5
Serviço(2): 9 e 8
Entrada(2): 6 e 6
Prato principal(3): 7,5 e 7
Sobremesa(2): 5 e 5
Custo-benefício(1): 7 e 6,5
Média: 7,12 e 6,70
Voltaria?: Sim e sim

Serviço:
Rua José Caballero, 36 - Gonzaga - Santos - São Paulo
Telefone: (13) 3284-3626
Site: http://www.restaurantecatalina.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/RestauranteCatalina/


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Nova Brescia (São José dos Campos - SP) - 01/08/2017


Nem eu nem Chris nos lembravámos da última vez em que tínhamos ido a um rodízio de carnes. Claro que aqui não estamos contando os churrascos com amigos que, bem ou mal, funcionam como rodízios para nós, que não manobramos as carnes na churrasqueira. Mas aquela coisa de se sentar em um restaurante e ficar vendo os garçons passando com diversos cortes de carne era coisa que não fazíamos há muitos anos. Ao que nos consta, a Nova Brescia é a única churrascaria que ainda trabalha com esse sistema em São José dos Campos. Matutando agora, percebo que é notória a diminuição desse tipo de estabelecimento pelas estradas, onde eram muito comuns, ao menos aqui no Sudeste. Será uma tendência? Não sabemos, e não é objetivo deste texto elucidar tal problemática carnívora.

Chris oprimida pelo boizão intimidador

Quem passa pela Via Dutra pode avistar a enorme cara de boi estilizada que é símbolo da rede, emoldurada por um prédio em tons de amarelo, dentro do estacionamento do Vale Sul Shopping. Na parte de dentro o ambiente é o que se espera de uma churrascaria: salão amplo, muitíssimo bem iluminado, com mesas que podem facilmente se juntar para receber famílias inteiras, e muitos garçons passando pra lá e pra cá.  

Tudo claro e iluminado, menos esse cabeludo roqueiro

Assim que nos sentamos, já fomos informados do funcionamento da casa: rodízio a R$ 92,90 por pessoa, com direito às guarnições (arroz, polenta frita, farofa, batata frita, banana empanada e pastéis de carne) e a se servir à vontade no bufê. Os itens que compõem o bufê vão de frugais folhas verdes e queijos até salada de polvo, jamón ibérico, sushis, sashimis e diversos molhos. É de encher os olhos, e dá uma vontade doida de encher o prato. Mas a lombriga deve ser domada, já que o objetivo principal é comer o rodízio, né?

Nada de muito bom nem de muito ruim para falar sobre o bufê. Como já dito, não enchemos muito os pratos, mas gostamos de quase tudo que nele colocamos. Eu gostei da salada de polvo, Chris se deu bem com os sushis e com o peixe cru picado com pimentão e cebola roxa. Não gostei muito do tempero do mexilhão, que é servido na própria casca. Mas de resto foi tudo bem razoável. Na hora das notas ali abaixo, o bufê foi considerado como entrada.

Chris se serve não sei do quê

Para o Fê, também não sei o quê

O mesmo dito para o bufê vale para as guarnições, ou seja, nada de mais nem de menos. Mas a Chris comeu com muito gosto toda a polenta frita, e ambos gostamos da farofa.

A Chris tá com essa cara porque as polentas ainda não haviam chegado

Em relação ao rodízio, são vinte opções diferentes a desfilar pelos olhos dos carnívoros presentes. São elas: bolinho de bacalhau, pata de caranguejo, casquinha de siri, salmão, anchova negra, queijo coalho, pão de alho, frango, coração de galinha, linguiça, linguiça apimentada, paleta de cordeiro, leitão pururuca, costela, cupim, fraldinha, picanha, bife ancho, bife chorizo e costela premium de angus. Experimentamos doze desses itens, e há pontos positivos e negativos a serem salientados.

Pontos positivos: anchova negra muito bem temperada, no ponto certo, com dois molhos à disposição, tártaro e maracujá (entra como ponto negativo o fato de o molho tártaro ser muito líquido); picanha boa, bem temperada - mas também não tem muito como estragar uma boa picanha; cupim macio, embora não chegasse a desmanchar na boca; coração bem feitinho, sem problemas; pão de alho ok;  e o grande destaque para nós dois, a costela premium de angus, deliciosa e muito bem preparada. Pena que chegou quando já estávamos bem satisfeitos (ou insatisfeitos, dependendo do ponto de vista).

Pontos negativos: fraldinha dura; costela (aquela que não era premium de angus), muito dura, incomível; leitão pururuca com uma pururuca que não estava crocante, estava intransponível, e o que dava para ser comido estava sem sal; patinha de caranguejo bem da sem graça, poderia ter vindo com algum molho; os bifes ancho e chorizo vieram bem passados, o que é um pecado para essas carnes, que perdem toda a suculência. Então a Chris pediu para vir um pedaço mal passado. Foi atendida, veio no ponto certo, mas sem sal nenhum. 

Não sei se esse é o ancho ou o chorizo, mas não está correto, viu?

Costela (dura), leitão pururuca (intransponível) e cupim (macio)

O carrinho com as sobremesas veio até nós com algumas opções de tortas. Fomos informados de que também era possível pedir, da cozinha, os onipresentes petit gateau e papaya com cassis. Ficamos com as tortinhas mesmo, uma de limão e uma de ferrero rocher. Gostamos das massas, leves e fáceis de partir. A torta de limão estava boa, a de ferrero rocher estava deveras enjoativa. O tolinho aqui chegou a pensar que a sobremesa fazia parte do rodízio, mas qual o quê, custaram R$ 11 cada uma.

Apetitar, até apetita, mas depois não se sustenta

Chris parte as tortas fraternalmente

O serviço foi um tanto irregular. No começo os garçons quase que se enfileiravam diante de nossa mesa com as carnes, e tínhamos que passar mais tempo negando/aceitando do que efetivamente comendo/conversando. Depois de um tempo a lógica se inverteu e os espetos deram uma sumida. Mas os garçons estiveram sempre atentos com os nossos copos de cerveja, que eram prontamente preenchidos quando se esgotavam. Na saída notamos, pregado na porta, um cardápio com as opções a la carte, em que o cliente pode escolher um tipo de carne e comer com as guarnições. Essa opção, claro, é bem mais barata. Embora nossa intenção fosse mesmo participar do rodízio, óbvio que essa outra opção deveria nos ter sido informada, já que nossa intenção não estava em néon em nossas testas.

No fim das contas eu e Chris concordamos que não voltaríamos à churrascaria Nova Brescia. Apesar de alguns acertos, o preço alto não parece condizente com o que a casa apresenta. Lembrando do paradoxo de Tostines, ficamos sem saber se as churrascarias estão sumindo porque caíram de qualidade, ou se caíram de qualidade porque estão sumindo.

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 6 e 7
Serviço(2): 6 e 6,5
Entrada(2): 7 e 6,5
Prato principal(3): 5 e 5,5
Sobremesa(2): 5 e 5,5
Custo-benefício(1): 4 e 5
Média: 5,58 e 6,04
Voltaria?: Não e não

Serviço:
Shopping Vale Sul - Av. Andrômeda, 227 - Jardim Satélite - São José dos Campos - São Paulo
Telefone: (12) 3931-1277
Facebook: https://www.facebook.com/Churrascaria-Nova-Brescia-Vale-Sul-Shopping-136635969819808/?ref=br_rs

terça-feira, 20 de junho de 2017

Villa Velha (São José dos Campos - SP) - 14/06/2017


O que dizer de um restaurante que existe desde 1968? Antes de mais nada, parabéns!!! Exclamações são deselegantes em um texto, reza alguma cartilha, mas são inevitáveis ao falar de um estabelecimento que atinge essa marca. O Villa Velha pode ser considerado uma instituição joseense. É, certamente, o restaurante mais tradicional da cidade. Fica no centro antigo, em uma região que não tem tantos restaurantes afora aqueles destinados aos trabalhadores, que só abrem em horário de almoço. Portanto é ainda mais digna de aplausos sua longevidade, por estar longe do "circuito gourmet" de São José dos Campos.
 
Em 1968 nenhum de nós dois ainda frequentava restaurantes. Mas de minha parte posso dizer que entrar no Villa Velha é como entrar nos lugares em que ia com meus pais e meu irmão na década de 1980. Não me entendam mal, está tudo recém pintado, limpo, bem iluminado, com pé direito alto e salão amplo. Mas é um lugar que entrega sua idade à primeira vista - a começar pela cabecinha branca de sua brigada de garçons. Mas a idade passa também pela própria arquitetura do prédio, pelos armários onde são guardadas as louças, pelos quadros (todos à venda) que enfeitam as paredes e pela grande cozinha aberta. Nada disso é defeito, e acho que até casa muito bem com a comida servida por ali. O ponto negativo fica por conta dos banheiros, antigos, com cara de mal cuidados e com louças quebradas. 

Antiquado? Vintage? Clássico?

Para iniciarmos a noite enquanto tomávamos nossa Serramalte geladinha (600 ml, R$ 13), pedimos o couvert (R$ 18), composto de torradinhas, pão francês, pão de queijo, azeitonas, patê de aliche e patê de ricota. Até entendemos o pão francês não ser fresquinho, mas é imperdoável o pão de queijo vir frio, quase gelado. O patê de aliche estava bom, mas tinha textura de maionese. O patê de ricota estava sem graça como todo bom patê de ricota deve ser. E as azeitonas já nasceram boas, né? Na conta o couvert só veio cobrado uma vez, o que não sei se é praxe ou se foi alguma falha.

Põe no microondas o pão de queijo, catzo!

Aumente essa foto pra ver como tava essa cerveja

Resolvemos pedir também uma entradinha antes de partirmos para o prato principal. Escolhemos o creme de aspargos (R$ 35), que veio servido numa terrina prateada. Boa quantidade, dava para nós dois nos satisfazermos sem precisar pedir outro prato. Mas seguramos nossa vontade de comer todo o creme, que estava uma delícia, com o sabor dos aspargos presente, mas suave, muito bem temperado e com textura agradável. Ficou a dúvida se, caso não tivesse nos sobrado alguns pães e torradas do couvert, eles nos seriam servido com o creme. Esperamos que sim, porque creme com pão é uma pura (pura, viu?) combinação. 

A terrina e a pura combinação

O Villa Velha se apresenta, na placa que ostenta em sua fachada, como um restaurante de "cozinha internacional e churrascaria". Isso se reflete no cardápio, com a seção dedicada à cozinha internacional abarcando uma extensa gama de pratos clássicos de diversas culinárias, desde o strogonoff até o steak poivre, passando pelo espaguete à bolonhesa e pelo filé à cubana. Entre os churrascos há opções com camarão, frango, pintado, lombo e alguns espetos. Todos os pratos servem duas pessoas - ou quase todos.

Apesar de tantas opções, não tem jeito: na primeira vez que se vai ao Villa Velha, é imperativo que se peça o famoso pintado na brasa. Não era nossa primeira vez, mas como agora estávamos fazendo uma "visita oficial", com vistas a publicar a experiência aqui no blog, não poderíamos deixar de comer novamente o mais célebre prato da casa. Prova da deferência que lhe é destinada é o fato de que é o único prato que conta com opção individual no cardápio. Pintado ali é coisa séria, e observar as outras mesas é ver um desfile de pedaços do peixe passando pra cá e pra lá em espetos. Se o Villa Velha é uma instituição joseense, seu pintado na brasa é uma instituição do Villa Velha. Os peixes chegam semanalmente do Mato Grosso do Sul, segundo me informou o garçom. 

A pintadaiada na cozinha, direto do MS

Como já tínhamos comido couvert e entrada, acabamos optando por pedir a porção individual do prato (R$ 80, com molho tártaro e arroz à grega). São três pedaços de peixe, e quantidade de arroz e molho que foram suficientes para a nossa fome. O arroz veio soltinho, com uma coloração levemente amarelada, e saboroso. O tártaro da casa é bem pedaçudo e de sabor forte, equilibrando a doçura das uvas passas presentes no arroz. O peixe chegou à mesa com uma leve crosta, mas macio por dentro. Sua cor amarelada se deve provavelmente a alguma manteiga usada para assá-lo, o que o deixa um pouco gorduroso. Chris apertou o peixe com o garfo e a gordura escorreu pelo prato. O trio, quando experimentado junto, é bastante saboroso e equilibrado, mas o peixe sozinho carecia de um pouco mais de tempero. Ufa, difícil julgar um clássico, mas, como sempre, tentamos ser o mais justo possível. 

Notem que o pão de queijo frio foi ficando na mesa

"Crose" do "crássico"

Entre as sobremesas há algumas opções de doces caseiros e sorvetes, mas nada muito criativo, por isso acabamos optando pelo pudim de leite (R$ 9). Não é algo que possa ficar ruim nem com muito esforço, mas é certo que poderia ter bem mais calda. Eu também particularmente prefiro uma textura mais aerada. Mas podemos dizer que foi um trivial bem feito.

Trivial, mas bem feitinho, esse rapaz

Em uma quarta-feira de véspera de feriado, o restaurante estava bem vazio, com apenas alguns pares de mesas ocupados. Fomos atendidos o tempo todo por um dos cabecinhas brancas citados no começo do texto. Atendimento atencioso, demonstrando um óbvio conhecimento de todo o cardápio e sem evidenciar nenhum enfado com a função, mesmo já exercendo-a há tanto tempo - o que é de se louvar. À parte alguma demora para retirada dos pratos, não há o que reclamar do serviço. Graças à orientação do garçom em relação ao momento certo de fazer os pedidos, os tempos de espera entre as etapas foram sempre perfeitos.

Curioso que, mesmo não dando notas tão altas para os pratos, ambos concordamos que voltaríamos ao Vila Velha em uma outra oportunidade. Chris disse que o faria porque ficou com vontade de experimentar outros pratos do cardápio além do pintado na brasa. De minha parte, acho que é coisa do signo de virgem, respeitoso demais das tradições. Eu jamais poderia dizer não a uma instituição joseense. Ao menos não ao tipo de instituição que faz boa comida há quase cinquenta anos.


AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 5 e 7
Serviço(2): 8 e 8
Couvert(2): 5 e 5
Entrada(2): 7 e 7,5
Prato principal(3): 6 e 7
Sobremesa(2): 6 e 6
Custo-benefício(1): 6 e 7
Média: 6,14 e 6,78
Voltaria?: Sim e sim

Serviço:
Praça Cândido Dias Castejon, 27 - Centro - São José dos Campos - São Paulo
Telefone: (12) 3923-2200
Site: http://www.restaurantevillavelha.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/restaurantevillavelha/

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Íz (Goiânia - GO) - 14/03/2017


Estávamos decepcionados com a capital de Goiás. Além de já ter poucas atrações turísticas, pegamos dois museus fechados em dias em que deveriam estar abertos. Então a visita ao Íz (que significa "paladar" em húngaro) era a última esperança de redenção para a cidade. O restaurante foi eleito um dos cinco melhores do centro-oeste em 2016, pela revista Prazeres da Mesa, e chegamos lá com as expectativas altas para conferir o trabalho do jovem chef Ian Baiocchi, que abriu seu empreendimento em 2015.

Íz, redima sua cidade ou morra tentando!

Chegamos de carro, e pudemos notar no caminho que o Íz está inserido em um bairro de classe média alta de Goiânia. Instalado em uma rua tranquila, o restaurante tem uma fachada elegante, iluminação baixa e o nome do lugar escrito em luz branca, dando a impressão de que está flutuando no ar. As paredes de vidro permitem ver o ambiente interno, e do lado de dentro elas dão um efeito bacana, como se o restaurante fosse aberto, mas com todo o conforto de um ambiente fechado. As mesas encostadas às paredes contam com sofás. Chris chegou a se sentar em um deles, mas não gostou muito e "se mudou", porque ficavam longe da mesa. Há também um bar com banquinhos, e um ambiente de espera, para os dias mais cheios.



"Acho que vou me mudar, sabe?"


Um vulto passeia na lua cheia

O cardápio começa com os pratos "Para compartilhar", onde estão as entradas e o couvert. Ali já deu para ver que a proposta da casa é uma cozinha moderna, com toques criativos e uso diferenciado dos ingredientes, como pode ser notado no queijo coalho tostado, servido com falso caviar de jabuticaba, melado de cana e pó de manteiga de garrafa (R$ 34). Mas nossa escolha foi ainda mais fora da caixinha: Caprese Molecular (esféricos de burrata, mini croutons de ciabatta, tomate confit, manjericão e balsâmico envelhecido, R$ 38), uma recriação, servida em colher, da famosa salada italiana. Apresentação linda, com oito colheres prontinhas pro crime. Eu adorei os sabores e as texturas, e me deliciei com cada colherada. Chris gostou menos, achou que as esferas de burrata pareciam manteiga, e sentiu que faltou mais tempero. Para ser honesto, também achei que uma pimentinha daria um belo tchans no sabor. Minha cara de pidão não sensibilizou, e Chris comeu as quatro colheres a que tinha direito, mesmo sem ter gostado tanto.

The Taste Goiânia

"Ah, me deixa comer ao menos cinco, vai?"

O cardápio do Íz é do tipo que adoramos: apenas nove opções de pratos principais. Sinal de que existe um filtro para se colocar algo no menu, e bom indício de que qualquer pedido vai ser executado com extremo cuidado. Apesar de pequeno, o menu contempla opções com frutos do mar, carnes bovina, suína e de pato, além de um nhoque. Todos os pratos são individuais, e custam em média R$ 83. A pegada é a mesma das entradas, com opções criativas como o pirarucu a la plancha, servido com paçoca de rabada, purê de banana e tartar de banana-da-terra (R$ 79). No dia de nossa visita também havia outros três pratos disponíveis, que não constavam no cardápio fixo.

Chris escolheu o filé mignon sautée (com manteiga de ervas, mandioquinha gratinada com panceta da casa, aspargos salteados e redução de vinho do Porto, R$ 88). Com o tempo aprendemos uma pegadinha: quando pedimos a carne mal-passada da Chris, não avisamos que é para ela, ou até damos a entender que é para mim. Não sei se foi isso, mas o fato é que o filé veio sangrando, do jeito que ela gosta (e, sim, o garçom achou que era meu). Além desse acerto, Chris adorou a mandioquinha, servida em duas "torres", junto com a panceta. Os aspargos estavam gostosos e torradinhos por baixo. O principal problema do prato era também sua maior qualidade: o molho que se formou, com a manteiga de ervas, a redução de vinho do Porto e o sangue, estava uma delícia. Mas nenhum ingrediente tinha a capacidade de sorver essa maravilha, que acabou ficando no prato. Talvez os aspargos, gostosos mas sem muita função, pudessem ser substituídos por algo com essa característica "sugadora".

"Um pãozinho, tens?"

É bastante raro encontrar cupim como prato principal em restaurantes, por isso eu, que adoro o corte, não poderia deixar de pedir o cupim braseado (com roti de pimenta de cheiro, ratatouille caipira e farofa de limão china, R$ 81). Quando o prato chegou, servido de forma simples e direta, coloquei meu garfo na carne, para cortá-la, e notei que não precisaria da faca. O cupim simplesmente desmanchou ao toque do garfo. Tão importante quanto a textura, o sabor estava incrível. Juntando com a farofa de limão, com o cítrico presente mas discreto, e os legumes bem temperados, trazendo frescor e cor, chegamos a algo da prateleira dos prodígios. E, de forma didática, aqui havia o que faltou no prato da Chris: a farofa para absorver o roti. Ah, o limão china, que estranhei ao ler, é o que conhecemos no Sudeste como limão-cravo. 

Não me contento em ver essa foto, quero mordê-la

Acompanhamos nossa refeição com um vinho malbec argentino Alto las Hormigas 2014 (375ml,  R$ 57). Acabo de pesquisar na internet seu preço, e encontrei por R$ 46. Ao menos o restaurante não quis nos extorquir cobrando o dobro do preço.

Empolgados com nossos pratos principais, resolvemos pedir uma sobremesa para cada, ao invés de escolher uma para dividir como normalmente fazemos. São apenas cinco opções (porque não considero "frutas da estação" como uma sobremesa, tá?)

Chris escolheu a torta fondant, feita com chocolate callebaut 70%, merengue e sorvete de baunilha, caramelo, especiarias e flor de sal (R$ 32). Apresentação bonita, com a louça combinando com as cores da sobremesa. O toque de flor de sal não emocionou a Chris a ponto de ela abstrair o fato de que merengue + chocolate formaram uma combinação doce demais para seu paladar. E nem vou escrever que ela chamou de "petit gateau metido à besta". Ops, escrevi...

Metido a quê, menina?

Eu escolhi a a ambrosia do palácio, acompanhada de sorvete de banana marmelo, mirtilo passa, canela crocante e "coulis secreto" (R$ 34). Apresentação bonita, mas achei o prato muito fundo, dificultou um pouco para comer. Também achei que havia um excesso de informações, com o coulis muito doce anulando um pouco o gosto da ambrosia. Achei interessantes os mirtilos passas, e a falsa canela, que deu uma crocância. Mas mordi com força uma cravo que certamente não deveria estar ali, e prejudicou meu paladar.

Ache o cravo escondido e ganhe um gosto ruim na boca de brinde

Rafael foi o garçom que nos atendeu na maior parte do tempo. Atencioso, com conhecimento do cardápio e muito simpático, embora ligeiramente invasivo em alguns momentos, quando ficava muito perto da mesa esperando nossos pedidos. Sérgio, que parecia ser o maitre, nos apresentou aos pratos que não estavam no cardápio fixo, e se alongou por muito tempo nas descrições, poderia ter sido mais sucinto. Se mostraram atentos quando saímos para a Chris fumar, nos levando um banquinho e um pratinho para ela bater as cinzas. O serviço foi bem ligeiro, com os pratos saindo da cozinha em não mais do que vinte minutos.

Ao fim, minha experiência foi sensivelmente mais satisfatória do que a da Chris, e portanto tivemos opiniões diferentes quanto à uma possível volta ao Íz. Chris achou que o custo-benefício não valeria um retorno. Já eu fiquei encantado com os sabores da entrada e com o maravilhoso cupim, e voltaria ao lugar para provar outros itens do cardápio. Se o restaurante foi a redenção esperada para a capital goiana? Ao menos para um de nós, a resposta pode ser um retumbante "sim".

AVALIAÇÕES (Primeira nota da Chris, segunda nota do Fê; ao lado do quesito está o peso dele na média final):

Ambiente(2): 7 e 7,5
Serviço(2): 7 e 7,5
Entrada(2): 6 e 8
Prato principal(3): 8 e 9
Sobremesa(2): 5,5 e 6
Custo-benefício(1): 6 e 7,5
Média: 6,16 e 7,70
Voltaria?: Não e sim

Serviço:
Rua 1129, 146 (Quadra 237, Lote 30) - Setor Marista - Goiânia - Goiás
Telefone: (62) 3092-5177
Site: http://izrestaurante.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/izrestaurante/?fref=ts