Está aí a foto do Olivier Anquier para apreciação e para que as leitoras e leitores decidam se o mais correto seria a padaria se chamar "O pão do Olivier no mundo" ou quem sabe até "O Olivier pão no mundo". É pintoso ou não é, o rapaz? Não à toa o homem foi casado com a Débora Bloch, também conhecida como Sra. Roitman, e hoje é casado com a atriz Adriana Alves. Mas isso aqui não é revista Contigo não, vamos ao que interessa.
A padoca fica bem pertinho da Praça da República, a uma quadra da esquina da Ipiranga com a São João, pertinho do Edifício Copan, enfim, naquela confluência de pontos turísticos de São Paulo. Tem mesinhas do lado de fora, protegidas por um gradil, e na parte interna tem conforto de sobra, com assentos acolchoados, né aqueles banco de padaria não. Nas paredes, diversas fotos, e também algumas matérias de jornal, mostrando a trajetória de Olivier. Embora tenha ficado conhecido como chef de cozinha nos programas de TV, Olivier é, originalmente, envolvido mesmo com esse negócio de pão, algo que vem de família, e foi como padeiro que ele começou a ganhar fama em São Paulo. E tem muito pão no Mundo Pão, é pão pra todo lado, vitrines cheias de pão. O mais famoso deles é o P72, que passa por 72 horas de fermentação.
Começamos nossa brincadeira com uma tostada, feita justamente com o pão P72. São várias opções de tostada, escolhemos a Myriam (queijo de cabra cremoso, tomate confit, azeitonas pretas, molho pesto e nozes, R$ 62,30). Sim, sim, eu sei que você tá pensando que é caro, e é caro mesmo, mas é bom, ingredientes da mais primeiríssima qualidade, pão crocantezinho, um desbunde (essa palavra feia não deveria significar coisa boa, né?). Chris não usaria essa palavra, não pela feiúra, mas porque achou que veio muito creme de queijo. Afora isso, ela gostou bastante também. Nessa primeira rodada a Chris tomou um espresso duplo (R$14,50) e eu tomei um espresso soda (com refrigerante de limão e xarope de maracujá, R$ 16,80), eu disse s-o-d-a, não isso que você pensou, aliás, nem era tão isso que você pensou. E fiz uma arte daquelas: remexi o troço, que tinha soda (s-o-d-a), ou seja, tinha gás carbônico à beça, ou algo que o valha, e aí transbordou tudo, tivemos que chamar bombeiro, samu, guarda civil metropolitana e os cacete.
Ainda tínhamos muita andança pelo centro de Sampa (só turistas usam esse termo, e, apesar de paulistano, naquele momento eu era turista, então estou liberado ao uso do termo, grato, saudações), portanto não poderíamos ir embora só com aquela tostadinha. Precisávamos de glicose, e Chris escolheu para ela uma Olivieta com recheio de cappuccino (pão de brioche com recheio, R$ 23,80). Eu escolhi para mim uma tartalete de pêra com amêndoas (tartalete individual doce feita com farinha de amêndoas, R$ 22,80). Tanto a minha escolha quanto a da Chris permitiam outras opções de recheios.
Eu perguntei ao Google o que é uma Olivieta, e ele me respondeu que não existe registro de uma palavra ou termo comum chamado "olivieta". Aparentemente a IA do Google não frequentou o Mundo Pão do Olivier, que deu ao pãozinho um nome em sua própria auto-homenagem-de-si-mesmo. Fofinho estava, o pão de brioche, mas a Chris achou um pouco enjoativo. Já a minha tartalete (essa o Google conhece) estava gostosa, crocante, com os sabores da fruta bem presentes.
Eu perguntei ao Google o que é uma Olivieta, e ele me respondeu que não existe registro de uma palavra ou termo comum chamado "olivieta". Aparentemente a IA do Google não frequentou o Mundo Pão do Olivier, que deu ao pãozinho um nome em sua própria auto-homenagem-de-si-mesmo. Fofinho estava, o pão de brioche, mas a Chris achou um pouco enjoativo. Já a minha tartalete (essa o Google conhece) estava gostosa, crocante, com os sabores da fruta bem presentes.
![]() |
| A gorduchinha e simpática Olivieta, conhece? |
![]() |
| A esbelta e expressiva Tartalete, manja? |
Antes de partir para as considerações finais, importante deixar registrado para a posteridade o mico que este escriba pagou, imitando a pose de Olivier Anquier no cardápio do restaurante, utilizando um croissant no lugar do riso. Tipo colocando o croissant, com a parte côncava virada pra baixo, entende? Daí fica parecendo que o pão é o sorriso, substituindo os lábios. Aí você segura com as duas mãos na lateral, sabe, pra fazer com que o croissant fique ali na mesma latitude em que estaria sua boca. E com isso, utilizando-se de bastante licença poética, é como se o croissant fizesse as vezes do sorriso. Um sorriso-pão. Ficou claro? Toda essa explicação serve ao propósito de fazer jus àquela máxima de que uma imagem vale mais do que mil palavras:
Ah sim, além de servir como sorriso, o croissant também é comestível, e estava muito bom, massa folhada praticamente derretendo na boca de tão fina.
Foi bom, Sr. Olivier, esse triângulo amoroso que fizemos. Claro que, modéstia às favas, eu sou um tanto mais bonito que o senhor. Mas, no quesito pão, nunca fiz um, então acho que o do senhor é melhor. A tostada esteve ótima, eu realmente comeria de novo. O espresso soda não deu tão bom, mas foi um pouco culpa minha, admito. Os docinhos agradaram. O ambiente é legal. Gostamos. Talvez voltemos, quem sabe, em novas andanças pelo centro de sampa - palavra que o senhor, como parisiense, também pode usar.
É isso. Em breve a gente volta a cafezar.
Foi bom, Sr. Olivier, esse triângulo amoroso que fizemos. Claro que, modéstia às favas, eu sou um tanto mais bonito que o senhor. Mas, no quesito pão, nunca fiz um, então acho que o do senhor é melhor. A tostada esteve ótima, eu realmente comeria de novo. O espresso soda não deu tão bom, mas foi um pouco culpa minha, admito. Os docinhos agradaram. O ambiente é legal. Gostamos. Talvez voltemos, quem sabe, em novas andanças pelo centro de sampa - palavra que o senhor, como parisiense, também pode usar.
É isso. Em breve a gente volta a cafezar.
Endereço: Av. São Luís, 29 - República, São Paulo - SP
Instagram: @mundopaodoolivier











